Mostrando postagens com marcador Duanna. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Duanna. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 7 de maio de 2013


Voando


As asas de um anjo, roubei
esta noite… E te enlacei
para voar em terras que não sei
se um dia já explorei.
Tua carne eu, admito, apertei
forte; sinto que já extrapolei
o limite do céu… Perderei
as forças, como devolverei
ao anjo as sobras do que usei
inadvertidamente? Pequei,
sim: por amor, eu ousei
devorar o que nunca provei,
extrapolar… Mas te deixarei
sob a relva, pois morrerei
culpada… Mas plena serei
no morrer, posto que amei,
ascendi contigo e voei…



Só, com o espelho


Na face negra diante do espelho,
o corpo envolto por um vermelho
vestido... Eu procuro me alterar
na maquiagem, toda me enfeitar
de bijuterias. Medo de parecer
feia, de não lhe corresponder
as expectativas alimentadas
pelo anseio. Estão guardadas
na pequena bolsinha de mão
os cigarros, o batom, a ilusão
de que a noite será eterna...
Encaro-me, cruel e terna,
pelo espelho; o que dizer?
Há lacunas a se preencher
de tanto tempo à distância,
de tudo que na lembrança
se passa... Ah, o dinheiro!
Pois não vai o jantar inteiro
pagar sozinho – até parece!
Mulher atual não esquece
que é bom se dividir conta;
que é deselegante ficar tonta
de tanto beber... Informações
para afastar todas as aflições
do peito. Tenho tanto medo;
mas melhor deixar em segredo
tudo isso. Hei de me permitir
e deixar a noite prosseguir.
Ai, a hora! Está para chegar.
Acho-me bem, pra contentar
deve bastar... Espelho, adeus!
Irei-me; e seja o que meu Deus
quiser...

sábado, 21 de janeiro de 2012


(Um verso sem título ou noção, apenas um verso)

Nasceu um vazio no peito, e não espero
que alguém venha saciar aquilo que não se sacia mais.
Tudo aquilo que eu tive, tudo o que eu ainda quero
perdeu-se, como um dia se perdeu a minha paz...

Paulista, 21 de janeiro de 2012.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011





Eu não te estimo hoje como fazia
no dia anterior
Apenas sei que, dia a dia,
em meu interior,
cresce esse sentimento
- como uma flor
que desabrocha no firmamento,
vívido frescor.

Eu não entendo essa poesia em mim
- mas eu espero
que ela não tenha mais fim...
Ah, como quero!
Essa estima cresce, iluminando
meu mundo severo
e em minutos, me revelando
um riso sincero.

Eu te digo, sim, que te estimo.
E nada mais.
Perdoa se muito me aproximo,
tiro tua paz:
eu preciso te sentir pra poder
seguir em frente,
sorrir, acreditar e transceder
na chama ardente...

Essa chama ardente de alegria. :)

Paulista, 20 de novembro de 2011, 23:39
(dedicado à uma pessoa aí :P)



quinta-feira, 27 de outubro de 2011


Os cadernos incompletos.

Eu escrevo em cadernos incompletos,
e sempre os abandono sem conseguir completar.
Serão quiçá os sentimentos indiscretos,
cujo peso se insinuam em meu rabiscar?
São tantos hiatos nestes sentidos inquietos,
que ponho na semi-inércia a minha solução:
deixando dezenas de cadernos incompletos,
eu vou dando significado à minha condição...


Eu insisto na obscuridade do meu rosto
e no silêncio como forma de expressão;
assim sufoco as lágrimas do meu coração
e deixo em destaque o meu desgosto.
Prisioneira de mim mesma, não quero lamentar
a desgraça que me trouxe até aqui;
quero apenas achar uma razão para seguir
e me perder naquilo que não consigo encontar...

O Amor como expressão, caminho e luz.

terça-feira, 18 de outubro de 2011



E, desde que tu chores, eu quero chorar.

Desde que tu rias, eu também quero rir.

Quero que o tudo seja pouco quando eu te ofertar,

quero que o pouco seja tudo quando eu te ver sorrir...


Desde que não silencies, minha boca não vai falar.

Desde que tu me suportes, eu aqui estarei...

E, mesmo que nunca, jamais, possas me amar,

o amor meu, por completo e por direito, te dedicarei...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011


O que você procura, afinal?

O que você procura em mim não é nada;
pois, não sou nada, não adianta fingir...
Eu sei quem sou, o que hei de ser.
E o nada - admitam vocês - é o que melhor sou...
Eu sou apenas uma criatura desvairada,
que vive os dias com apenas o sentir
de saudade de um sorriso que não pode mais ver,
de um amor que era tão pouco e se acabou...

O que você procura em mim, não existe mais:
as minhas mortes e vidas cobraram seu preço,
me fizeram mulher de aço, com alma errante,
e me fizeram seguir sem motivo nem rumo...
Sim, agora pra mim, na vida, tanto faz;
você vai me sangrando e eu ainda agradeço
por não morrer mais a cada instante,
por não mais proclamar as dores e culpas que assumo...

O que você procura em mim, talvez nunca tenha existido;
não nasci para você, entenda de uma vez!
Deixe-me desvendar o meu caminho, meu erro,
para que eu possa descobrir a minha verdade...
Não há nada em mim com beleza, justiça, sentido:
sou apenas uma poetisa de tremenda estupidez,
que prepara, a todo instante, seu inferno e desterro,
e que anuncia à todo o mundo, a sua insignificante realidade!   

terça-feira, 16 de agosto de 2011


 


Revendo poesias guardadas... E vendo que ainda tem muito surto a ser reproduzido!

 
PERSONAGENS

Sou atriz, no meu palco do submundo,
interpretando um papel, que eu já conheço a fundo,
que é o papel da utopia.
Sou aquela que trabalho suado, e por todo o dia;
surgindo nas mentes dos homens, a apresentar
uma chance às misérias do mundo escapar,
ou até a exterminá-las, dependendo da sua ambição.
Posso ser fugaz, levando consigo a decepção
da realidade que impede o sonho do homem continuar;
posso ser semente, do bem e do mal; que, na mente a cair,
germino em concretizações de extrema validade:
Se boas, trazendo o bem para alguma parte da humanidade;
Se más, reservando o ódio, violência, preconceito e temor.
À essa personagem, dedico todo o meu fervor
cego e ilimitado de uma alegre criança;
mas bem melhor seria se eu interpretasse a esperança!
Ela é a luz dos olhos dos doentes e desvalidos;
é o caminho de flores a quem tem pés sangrando de espinhos.
É vendida como alimento em um mercadão
e tmabém promessa de político em eleição.
Pensando bem... Ai, se eu pudesse optar,
em nenhum desses papéis me ousaria a atuar.
Que eu fosse a morte; que, por mal ou por bem,
é mais justa, e não abandona ninguém!
Ou a vida, torta e complexa personalidade,
a estrela maior neste teatro da realidade!

(2008)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011



Apenas me abrace... Devagar...
E eu sentirei que a vida é boa.
Terei esperança que o amor ainda existe
e não viverei mais tão à toa.
Mas, se você me deixa sozinha neste lugar;
o que mais poderia fazer?
A alma inquieta que tenho me insiste
a seguir por este mundo a me perder...

Não me deixe só, nem por um segundo.
É teu nome que chamo, dentro do peito,
quando busco abraços que não são os teus,
quando me falta o estímulo, o conceito
do amor neste vasto e insensato mundo...
É sentindo tanta falta do teu olhar,
que deixo chorar os olhos meus
e sabendo, sempre, que hei de te amar.

Mesmo na noite mais nebulosa,
mesmo no dia mais ensolarado,
mesmo na chuva mais forte,
e mesmo no meu coração agalopado;
é aqui que você mora, criatura tortuosa,
é em você que guardo meu melhor sentimento...
E é no mundo (e nos outros) que tenho a sorte
de conseguir esconder todo o meu sofrimento.


Duanna voltou? Quem sabe?
Só o tempo vai dizer, né?

terça-feira, 12 de abril de 2011


Hoje, um surto de 3 poesias.
3 histórias.
3 homens.


1

Entre diamantes e rosas

Um diamante,
seu brilho ofuscante,
sua eterna estrutura;
símbolo do poder e da glória,
tesouro inestimável, simplicidade constante .

Uma rosa,
dócil fragilidade,
aberta para o mundo
tanto amor quer ofertar,
tanta vida em sua efemeridade!

Um diamante bruto,
uma rosa recém-desabrochada;
estranha fusão
do brilho e da beleza...
São coisas da natureza!
Ambos em sua honestidade,
amor transpassando de cada coração;
tão diferentes,mas tão realidade
é o sentimento que lhes movem no mundo!

Um diamante intocado,
que ainda precisa de lapidação;
Uma rosa torta e instável,
que carece de extrema atenção.

Cada um com suas falhas,
cada qual com seu fascínio.
Bem sabe um o que o outro faz
para mantê-lo em seu disfarçado domínio...

Achastes-me uma rosa perfumosa,
que não teme em dar seu afeto,
que esquece-se de si pelos outros,
que se entrega de modo leal e aberto.

Vejo-te como um diamante valioso,
que não se quebra fácil diante da vida;
que brilha e valoriza o meu ser,
uma pedra rara, sincera e (pra mim) infinita.

Como rosa, sou tão simplória instabilidade,
mas sincera entrego-me a você;
como diamante, és tão intuitiva brutalidade,
mas propenso a lapidar-se para me entender...

Tão distintos, tão amantes;
essa é a sina de nosso querer:
No encontro entre rosas e diamantes,
aprendendo a dar, receber e ser...

(23 de dezembro de 2008)

2

Versos Tortos, Poesia de Amor.

Tempo...

Um vício não se cura facilmente;
um desejo não some de repente,
como em nossa vida entrou.

Vida...

Uma presença nos marca para a utópica eternidade;
mesmo que esta seja só uma feliz efemeridade,
e que amanhã, nem ela nem nós existemos mais.

Coração...

Teu órgão dá-te a vida e guarda valiosa riqueza;
mas ainda não sabes ser capaz de ver a beleza
que advém dos teus próprios sentimentos.

Escuridão...

Deixas-te envolver na névoa do ser,
escondendo-te de todos a especialidade de te conhecer,
ocultando-te até a ti mesmo...

Intensidade...

Perseguem-me teus olhos escuros no sentir;
encantam-me as facilidades do teu sorrir,
dando a impressão de seres mais de um homem.

Incumum...

Achas-te vazio, por não conseguires ultrapassar
toda a neblina que encobre a tua forma de amar,
sem saber que o amor transpira-te em todos os poros e mucosas...

Amplitude...

É o que eu achei neste teu coração,
que julgas ser imenso na mais densa escuridão,
mas que me amou verdadeiramente...

Sinceridade...?

Apareceres foi o momento mais emblemático de mim.
Não penses, porém; que, por isto, fizestes com que, assim,
eu só sentisse os espinhos do sofrimento...

Pois dentro de mim, com o espinho,
nasceu uma flor sem mácula, a maior beleza em meu caminho;
rubra, delicada e única rosa.

Um sincero e singular, AMOR...

(26 de setembro de 2008)



3

A Promessa

O que eu sei de mim,
o que eu compreendo de você?
O que posso falar desse frenesi,
dessa promessa que está a nos envolver,
e parece nos prender no mesmo anseio,
numa emoção com dia marcado,
que não se mede em nossas palavras, provocações,
que acelera este coração já devassado
e (mal) abrigado dentro de mim?
Nada sei de você, na verdade.
Nada sabes de mim, sinceramente.
Nada explica o nosso recíproco interesse,
que surgiu no mais claro de repente,
e o tempo só fez aumentar e estimular.
Meu grito está oculto em meu corpo,
à espera, sempre à espera de você,
de um jeito impensado e torto.
Quem sabe se a promessa será cumprida?
Quem sabe o que pode acontecer?
Estou à espera de um futuro distante,
da estranha esperança de ter e ser.
E, dessa promessa, nada espero a mais;
para que pedir o que não se pode ter?
Apenas quero que a promessa vire realidade,
que tudo ocorra como tenha que ocorrer.
A promessa me manterá viva e ardente,
as palavras manterão o futuro presente,
o desejo continuará firme e latente,
até a hora em que tudo se confirmar
(seja pra o sim ou para o não),
e que se finde a tortura de esperar...

(30 de janeiro de 2010)



Pode ser que não entendam isso, mas este coração que bate, só é poeta de amor em especial quando ama muito... E de verdade.
Devo às pessoas, o dom de ter criado.

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Ao chão,
cai a inocência.
Onde está toda a sapiência, 
que não impediu o mal?
Quem mereceu tal final
 dado à estas crianças?
Aonde depositaremos as esperanças
que à este país mudarão?

Ao chão,
cai a paz anunciada.
Por Willians e Fátimas, repassada,
e que um jovem pertubado pôs fim.
Quantas ilusões caíram, assim,
como o sangue em plena manhã de abril!
Morre mais infantes nesta Pátria Mãe Gentil,
um Rio de lágrimas a apontar a nova escuridão!


Uma triste homenagem à:


Karine Lorraine Chagas de Oliveira, 14 anos

Rafael Pereira da Silva, 14 anos

Milena dos Santos Nascimento, 14 anos

Mariana Rocha de Souza, 12 anos

Larissa dos Santos Atanázio, 13 anos

Bianca Rocha Tavares, 13 anos

Luiza Paula da Silveira Machado, 14 anos

Laryssa Silva Martins, 13 anos

Géssica Guedes Pereira (ainda não se sabe a idade)

Samira Pires Ribeiro, 13 anos

(menina não identificada)


... E, também aos seus familiares.

domingo, 20 de março de 2011



O comodismo é algo que não entendo. E muito menos aceito.
Ainda que meu corpo esteja conformado, o peito feminil não está. E luta em sua  lágrima.
Será que não mereço o mínimo do seu respeito?

Enterro fotos no fundo de pastas, enterro sonhos por debaixo da escada;
e não me queixo da sorte que não mais me faz falta,
a realidade é essa, e nela eu estou integrada...

Perdi-me em lágrimas musicais,
em devaneios tão distantes de mim, tão espetaculosos
que se tornaram utopias interpessoais.

E agora, tenho que me livrar de tudo que me lembra você,
eliminar sonhos, lembranças, mistérios, ilusões, tudo
que me prende e não me faz te desprender...

Não choro mais, por que não conheço mais o ato de chorar;
perdi a noção do sentimento, tenho medo de muito abrir pro mundo...
Minha resistência em sofrer está a me te lembrar...

... Pois há muito tempo não choras por ninguém ou por nada.
E a minha poesia vaga pela tela inútil, frágil e repleta de confusão,
uma herança maldita desta minha alma descompassada...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


Uma perdida, uma desencantada.
Uma poeta desorganizada.
Uma alma desencarnada,
Uma canção jamais terminada.
Eu sou tudo, e também não sou nada.
Sou a palavra que nasce já desencaminhada,
Sou a lágrima de uma vida atormentada,
Sou a estrela da mais densa madrugada.
Sou a dor mais sangrenta e arrebatada,
Sou a alegria mais forte e exagerada...

Sou uma poetisa desgraçada!


Vocês me conhecem... Eu surto, lala.
^^
Mas, que saudade de surtar assim!

Será que você também aguenta esse aqui?

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...