domingo, 20 de março de 2011



O comodismo é algo que não entendo. E muito menos aceito.
Ainda que meu corpo esteja conformado, o peito feminil não está. E luta em sua  lágrima.
Será que não mereço o mínimo do seu respeito?

Enterro fotos no fundo de pastas, enterro sonhos por debaixo da escada;
e não me queixo da sorte que não mais me faz falta,
a realidade é essa, e nela eu estou integrada...

Perdi-me em lágrimas musicais,
em devaneios tão distantes de mim, tão espetaculosos
que se tornaram utopias interpessoais.

E agora, tenho que me livrar de tudo que me lembra você,
eliminar sonhos, lembranças, mistérios, ilusões, tudo
que me prende e não me faz te desprender...

Não choro mais, por que não conheço mais o ato de chorar;
perdi a noção do sentimento, tenho medo de muito abrir pro mundo...
Minha resistência em sofrer está a me te lembrar...

... Pois há muito tempo não choras por ninguém ou por nada.
E a minha poesia vaga pela tela inútil, frágil e repleta de confusão,
uma herança maldita desta minha alma descompassada...

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Será que você também aguenta esse aqui?

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