domingo, 20 de março de 2011

Ei, você tem que esconder o seu amor! - Apenas palavras à noite, ao vazio...



"Here I stand head in hand
Turn my face to the wall
If he's gone I can't go on
Feelin' two-foot small

Everywhere people stare
Each and every day
I can see them laugh at me
And I hear them say

'Hey! You've got to hide your love away...'"

(The Beatles - You've got to hide your love away)

E aqui vou eu, em mais uma noite de domingo. De Sol, de tédio, de juras a Deus. Um pouco de MSN, mas logo a net cai e eu fico sozinha. Mas não a tempo de ter ver online.
Mas eu nem clico mais.

Não me pergunte o motivo, nem eu mesma sei.

Só sei que estou cheia de pensamentos, idéias, inspirações. Novas coisas pra colocar pra frente, paixões para explicitar, sonhos para realizar. E poucos a entender o que eu quero daqui pra frente - ou melhor, ninguém. Nem você chegou a entendê-los, embora fosse a pessoa que mais tivesse livre-acesso ao mais escondido do meu ser.
Eu estou aprendendo.
Estou escondendo o meu amor.

Eu não tenho chorado... A verdade é que eu mais tenho é brigado, tentado quebrar as cadeias do meu espírito. Tentando não fazer os muros voltarem, já basta o campo de força que me afasta dos que me amam, se eles estão perto o suficiente para isso, claro.
Não quero isso, mas não posso evitar.
O Sol não é para todos.

Às vezes crio coisas e me pergunto se você vai gostar delas.
Às vezes penso em você; mas você chega a pensar em mim?
E vejo vários rapazes que talvez queiram um pouco da minha atenção,
pego livros que me prendem o interesse,
procuro coisas que me fazem esquecer anseios impublicáveis.
É, eu consigo esquecer.
Estou escondendo o meu amor.

Até aqui o seu império é finito.
Ainda há e haverão palavras, mas qualquer outra coisa vai mudar o tema do meu cotidiano e não vai existir predominância sua.
Nem suas fotos eu vejo mais.
Mesmo a que está diante dos meus olhos, em meu mural.
Eu estou escondendo o meu amor...

Mas não vou ser sacana em demasia: Se vocêe soubesse o tanto que tanto sinto a sua falta... Não a falta do homem, mas a falta do riso. Falta o riso menino e tolo em mim, aquele tipo de coisa que só você me proporcionava com os seus papos. Mesmo no momento em que eu mais chorava, você me fazia rir e aliviar um pouco a tristeza.
Ah, mas você não sabe...
E talvez nunca saiba.

Mesmo estas palavras aqui digitadas, sei que serão ao vento. Ou para qualquer outro olho ler, que não seja o seu. E não me inquieto - é como se eu estivesse em um confessionário, com meus segredos guardados...
E pra quê você aqui viria?

Sabe que eu tenho mais medo, te digo?
E, se eu realizar o meu sonho maior?
E se eu te encontrar de novo?
E se eu te ver com outra?
E se a minha força e minha vontade de te deixar ir não forem o suficiente?

A distância física é a mais cômoda forma de superar tudo. Mas talvez não a certa.

A pesar de tudo, sim.
Eu estou escondendo o meu amor...

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Será que você também aguenta esse aqui?

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