terça-feira, 15 de abril de 2008

Agora, depois da tempestade...

Um dia, dois dias, três... sabe o que significa alguns dias de desespero, de angústia, de dúvidas acerca do "que eu hei de fazer agora?" ou "o que os outros vão achar?", de chorar quando não tem ninguém em casa, pra que ninguém note a gravidade que paira no olhar, no mistério perigoso que lhe cerca?
Se souber, talvez não entenda minha reflexão como 'frescurite aguda'. Bem...é certo que eu, por escrever, por vezes me coloco numa linha adversa; mas certamente, o que ponho em palavras me reflete...

Tá ok, voltemos...

5 dias de inquietude. De pensar em todas as formas cabéveis e desesperadas de escapar, de aceitar, de acabar com a história. E o pior: sem saber se era verdade ou mentira. Agi numa reação instintiva, numa sensitividade tipicamente feminina. Não digo que errei, mas...e se fosse verdade? Não podemos ficar pensando: ah, eu errei! Pra pouco depois, cair no mesmo abismo, e dessa vez, sem volta, sem solução- somente remédios, quem sabe falhos.
Foram dias em que me apoiei um pouco nos amigos que eu tinha...aliás, nem sabia a quem confiar meu desespero! Uma das pessoas em que mais confio não tinha tempo para mim, e eu tinha decidido não correr atrás dele, meio que com raiva e medo do que esta pessoa poderia falar. Tantas outras existiam, mas é difícil ser franca e aberta com quem talvez me crucificasse mais do que eu já vinha me crucificando. Confiei minha razão de angústia a 3 pessoas (nunca fora tão restrita. Parabéns, Thaís!), à alguns outros, dissera apenas q estava preocupada, sem dizer razões, desculpas. O desespero foi feroz...mantinha-me num horror crescente de dúvida (pois é, bem pior que a certeza, é justamente a danada da falta dela!); às vezes me endurecia, noutras me deixava num estado forte de prostração.
Não sei se foi instintivo, fui ler Paulo Coelho. Não que o livro lido tivesse algo a ver com o que eu passei. Mas é um mistério: toda vez que eu sofro alguma coisa, ele está por perto.
(um dia, eu juro, descrevo sobre ela!)
Hoje, tive uma confirmação. Minha tormenta era ilusória, era miragem de um ser que se deixou navegar pelos fatos. Talvez...a confirmação seja falha, não sei...Mas só o fato dela existir, já é um destaque tremendo para mim. Me faz nascer a esperança, esquecida entre as pedras do meu medo.
Eu não sei o que sinto. deveria me sentir aliviada; mas não. Me sinto é culpada. Como se o que houve foi culpa minha, foi um resultado de um desejo meu. Não que eu quisesse que essa razão de toda a tragédia; mas sei lá...é complicado falar quando se passa pela tormenta e se diz (mas se eu pudesse GRITAR, eu gritaria!) que não quer, que fará de tudo pra evitar aquilo de se concretizar... O que eu sei é: não sei mesmo se seria capaz de aceitar o fato, caso fosse verdadeiro. A força que vi em mim foi tremenda, mas não sei se ela tem capacidade de suportar uma onda tão grande, sem virar areia, como as rochas na praia.
O que sei, é: vou seguir. Como sempre segui. Vou tentar evitar ter provações dessas. Não está na hora de uma mudança dos ventos puxada por mim mesma. Que a rota da rosa-dos-vetos perene seja resultado do que me cerca, de como eu reajo a isso. Não um ato meu.
Bem...a minha confissão foi feita. Não posso (nem devo) falar qual foi esse problema, por uma questão lógica: pra quê? Pra satisfazer um gosto comunal? Não faz meu estilo. Me confesso, mas sob o véu do mistério...que ainda encobre minha alma muçulmana...


Quero agradecer àqueles que me ouviram, me aconselharam, me deram forças sem ao menos saber o que me fazia inquieta:

-Nathália;
-Jailma;
-Raphaella;
-Renata;
-Eduardo...

Dentre outros, que me fizeram abrir um sorriso em meio aos meus crispados por conta da dúvida, da tristeza...

Não foi uma crise byroniana;
foi uma lembrança gritante de que com a vida, não se brinca!

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