Realidade minha! =/

Um amigo me fez uma pergunta:

"Visse a reportagem no ônibus dos infernos, hoje no NETV 1ª Edição?"

Digo que não (eu não tenho tempo de assitir TV, só quando chego em casa- e muito mal), e peço q ele me conte como foi.
A resposta:

"Blitz nos ônibus...mostrando o povo dormindo, em pé, a demora...pena que não mostrou a verdadeira face do monstro,que é de manhã cedo na chuva do viaduto da Caxangá... Mas quando mostrou o povo dormindo, só lembrei das nossas intermináveis sonecas... Dá pra relembrar todas as minhas encarnações no Rio Doce/CDU...e eu fiquei pasmo...59km o percurso...só não disseram se era somente a ida...vou ligar pra globo pra saber...porque,se for 59km na ida e mais 59km na volta, a gente pode entrar pro Guiness, imagina?"

Pior é que eu imagino mesmo!

=D

Aí resolvi procurar no site, né?
E acabei achando...

Vejam a realidade social de um pobre-coitado (como eu) que tem que (sobre)viver nesse inferninho de número 920...


Blitz nos ônibus denuncia falta de estrutura na linha Rio Doce/CDU

As pessoas que diariamente utilizam ônibus já sofrem por natureza. Além das passagens caras, a falta de estrutura dentro desses coletivos e a pouca frota de ônibus tornam a viagem ainda mais cansativa e dolorosa. Uma das linhas consideradas mais problemáticas pelos passageiros é a 920 – Rio Doce/CDU.

Nossa reportagem decidiu pegar esse ônibus de um terminal – na Cidade Universitária, nas mediações do Cefet – até a integração de Rio Doce, em Olinda, ponto final da linha.

A reclamação das pessoas é grande. Logo na saída da Cidade Universitária todos os 48 assentos estão ocupados. A primeira grande avenida depois que o ônibus sai da UFPE é a Caxangá. “Eles demoram em média 20 minutos pra sair dessa avenida. Além disso, param em todos os pontos”, comenta uma estudante.

O grande problema enfrentado pelos passageiros e pela linha é que a maioria das pessoas que pegam Rio Doce/CDU vão direto para o terminal de Rio Doce. “É muita gente entrando e pouco gente descendo”, explica o motorista do veículo.

Algumas pessoas moram por lá, mas outras ainda enfrentam uma nova luta – a integração. “Eu mesmo moro no Janga e como não tem ônibus direto desço em Rio Doce e ainda pego o Marinha Farinha/Casa Caiada, que passa pela minha casa”, reclama a estudante Marcela Lopes. “Infelizmente esse é o único ônibus que tem da UFPE para Olinda”, diz um outro estudante.

De acordo com a Empresa Metropolitana de Transporte Urbano (EMTU) o intervalo entre os ônibus deve ser de 10 minutos. “É impossível isso acontecer. Principalmente nos horários de pico. Nós fazemos de tudo para que essa meta seja cumprida”, revela o motorista.

Da avenida Caxangá até a Encruzilhada a viagem se torna ainda mais desgastante. “O trânsito é muito grande e passamos muito tempo esperando pra passar por esse trecho”, reclama um outro estudante.

“Antes essa linha depois da Caxangá ia pelo Derby. O percurso era mais rápido e menor. O ideal seria que esse itinerário voltasse”, revela um passageiro.

Segundo muitos, o pior ainda está por vim. Chegando em Olinda, além de enfrentar o trânsito, todos precisam driblar os buracos. Os estudantes dizem que a cidade está acabada, com muitos buracos.
Depois de quase duas horas dentro do ônibus, enfim, o ônibus Rio Doce/CDU chega na Integração de Rio Doce, localizada na quarta etapa do bairro.

RESPOSTAS
A assessoria de imprensa da EMTU informou que atualmente a linha realiza 95 viagens nos dias úteis e opera com 21 veículos. Sua quilometragem é de 59km98. Através de pesquisa, a gerência de programação do sistema (GPS), constatou que a demanda de usuários é alta e que será reajustado o número de viagens.

Em relação ao percurso realizado pela linha, a gerência não pode alterar seu itinerário, diminuindo o percurso da mesma, como foi solicitado através dos usuários, pois ao fazê-lo deixará de atender aos bairros do Espinheiro, Torre, Madalena e Encruzilhada.

Sobre os buracos das principais avenidas de Rio Doce, a secretária de Obras de Olinda, Hilda Gomes, informou que uma operação tapa-buraco está prevista para o bairro. Ela não deu um prazo.

Da Redação do pe360graus.com

Fonte: http://pe360graus.globo.com/