terça-feira, 22 de outubro de 2013

"O amor não é um filme..."


Queria escrever estas palavras como quem escreve um discurso pré-agendado, com a capacidade de ser usado de forma bem genérica: uma típica fala comum para qualquer hora, lugar, público.
Essa era minha intenção inicial ao colocar as coisas aqui.
No entanto, também escrevo movida pelos sentimentos contraditórios que me movem ultimamente. Isto faz com que, apesar da intenção deste em ser uma discurso pré-fabricado - ou seja, sem a menor intenção de sentimento intrínseco a ele, a ser usado à exaustão; apesar disso, estas palavras possuem um preciso e único destinatário.
Sim, você mesmo. Que, por mais que eu tente, não me sai do coração.
Quem me enche cotidianamente de conflitos.

Queria dizer muita coisa, enquanto tenho voz, espaço e tempo para tal. Mas, já desisti. Dizer o quê, mesmo? Me fala. Palavras repetidas? Versos impregnados de nostalgia? Acúmulos de uma intuição a casa período ainda mais aflorada em relação a você? Não, obrigada. Não há motivos para que seja falado MAIS NADA para você. Em especial, sobre o que eu sinto.
Porque o amor não é um filme. Clichês e lugares-comuns são ótimos quando usados em filmes adolescentes hollywoodianos, mas são péssimos no mundo real, totalmente inefetivos. Não há reviravoltas dignas de serem épicas. E nem sempre há a premissa de um final feliz no level clássico a assinalar o "The End".
Porque eu não sou uma mocinha de película.
Nem você é o homem perfeito por quem suspiram as espectadoras.
E nenhum dos obstáculos são fáceis de serem ultrapassados. Pior ainda se considerados a curto prazo.

Eu não vou ficar mentindo, perdendo tempo e, sinceramente, tou nem aí se você me acredita. Direi assim mesmo: cresce, a cada dia, um desejo tremendo de me afastar... Porque, honestamente, estou cansada de viver em eterno "standy by" emocional (não que isso me impeça de viver, só me impede mesmo de abrir o coração para outra pessoa, por medo de sofrer, de me entregar tanto como quando tive a estupidez de fazer consigo).
Mas, se eu sumir, eu não quero o vai e vem de um oceano. Quero sumir como uma estrela cadente... Quem olhar, até pode ver o brilho - mas, na verdade, já sumi, já desapareci há muito tempo... Porque estarei longe demais para que se deem conta.
Se eu sumir, é para a extinção completa.
A espera também cansa de esperar.
Aí você pode passar na minha cara que nunca quis essa espera. Que para você, acabou faz é tempo. Pois é, e você acha mesmo que eu preferia que na minha mente você vivesse? Não, obrigada! A espera existiu, mesmo contra a sua vontade e principalmente contra a minha própria.
Acha mesmo que amo esta situação? Não! A detesto! Detesto por saber o quanto sou estúpida de acreditar... De ainda amar...

"Mas não quero mais
Mesmo que o amor não me deixe em paz
Que é demais toda essa emoção ou não,não,não.
Os sonhos não terminam como um disco
Estrelas não se apagam ao tocar
O amor não é um filme..."

(Dalto)

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