Decreto-lei do bem-viver

Que ninguém pergunte aos outros o que pode achar em si mesmo.
Que ninguém deseje mais algo que seja prejudicial ou fique obcecado por algo impossível, quando se pode ser feliz com coisas fáceis.
Que ninguém diga que é feio, burro, perdido: se não achamos algo positivo em nós mesmos, quem acha-lo-á?
Que ninguém se sinta inepto a falar a verdade.
Que ninguém se sinta impedido de fazer suas próprias escolhas. Quaisquer que sejam.
Que ninguém sinta constrangimento em se considerar feliz. Não há maldade no mundo que não se renda a uma energia positiva.
Que ninguém pré julgue o mundo sob óticas que sejam de terceiros. E que antes saiba ouvir, entender, compreender.
Que ninguém saia do sofrimento como entrou. A dor é a professora severa pela qual todos teremos que suportar.
Que ninguém viva só no ato de respirar.
Que ninguém deixe de ser educado, gentil, sincero, fiel.
E que ninguém passe pela existência sem conhecer o amor.

Fica aqui registrado o Decreto-lei do bem-viver.
Maranguape 1, 23 de maio de 2014.