Nunca mais fui ao oceano.
O que é um grande erro da minha parte, aliás.
Eu sou parte do oceano, da areia, do Sol. Como diria aquela música do Ave Sangria? "Eu sou da cidade, mas nasci no mar...". Assim se forma esta criança que vos fala. Que vos digita, melhor dizendo.
Eu acredito que o mar me cura de tudo.
A melhor terapia que existe.
Eu não tenho medo de afirmar. Porque acredito que, diante da praia, ninguém e nada é igual. Nem mesmo o mar.
Esquecem que sou uma heraclitana sem salvação?
E, hoje, matei essa ausência.
Hoje, renovei o meu coração.
Para mim, 2014 começa agora. Sem medo, sem dor, sem mágoa.
Me sinto pronta, me sinto viva.
Ainda que não haja nada de novo no front, nem na retaguarda, eu ainda persisto na guerra. Na luta. Na batalha. No que sei-lá-como-definir que é a tal da vida.
Porque sou como as águas do mar.
Porque sou como a areia.
Porque sou como o Sol.
Ainda que pareça a mesma coisa para quem vai e volta, eu não sou.
Eu sempre mudo. Morro e revivo.
E assim será até o último suspiro do meu corpo mortal. Não do espírito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário