Ok, sem o desejo da morte. Não ando com desejo de ver onde a minha alma vai parar, se no Céu ou no Inferno - desculpem, Deus e Capiroto. Mas, a parte do escapismo e com um cadinho de fuga da realidade? Sim. Mas, admito - eu tô sobrevivendo, com alguma esperança... Talvez.
A verdade é que eu não sei. Queria saber... Assim, como o resto do mundo. Mas, assim como o resto do mundo, a vida me impele a resolver o necessário básico e o supérfluo que fazem com que o ego fique saciado. Só me dou conta que sinto mais, que insisto mais do que a maioria. Que ainda acho que estou deslocada, que estou em um mundo que não me pertence. Que eu digo aqui, porque ainda é o lugar onde (mesmo ciente de que não é secreto) me sinto mais segura. E, convenhamos, o maluco que decidir usar isso aqui como arma, pelo amor... Esse blog juntou todos os meus desvarios juvenis e alguns espasmos da maturidade, nada que me desabone ou me condene de verdade. Sentir, ainda que só aqui, é um crime que eu assumo sem medo - só não tão exibo amplamente como qualquer outra coisa em outras redes.
(Por isso este blog, por exemplo, tem esse nome. O mundo - as aparências, o que eu tento mostrar, a versão que a sociedade valida - é público; as versões de mim que poucos veem, que só alguns tocam - os universos tão particulares).
Poderia falar que a solidão é ruim, que os dias de trabalho e enfrentamento devoram minha mente... Mas, na verdade, tudo isso apenas vai corroendo a lógica e o autocontrole que tenho lutado dia após dias para construir. Sobra eu, despida de quaisquer consciência. Tentando imergir em mim, deixando os sentidos tomarem a alma, como a famosa cura do Lord Henry, controverso personagem de "O Retrato de Dorian Gray".
Tenho escrito mais, mergulhado em perguntas de mim para mim. E quero isso. Talvez, aos olhos do mundo, minha saúde mental esteja um lixo. Ando até admitindo pra mim mesma que estou meio psicopata, haja vista a minha vida, Mas, eu não tô com muito saco para virar um Jack Bobão, com muito trabalho e pouca diversão. Nada disso.
Mas, aos poucos, eu sinto que a vida está me forçando a seguir como uma ilha. Tá bom - a quem quero enganar? EU, aos poucos, me vejo como uma ilha. Solitária, sonífera ilha no mar de gente. Ok, não tão solitária, mas também não ainda pronta para reencontrar antigos padrões. Assim como me confundem e assustam novos padrões ou surpreendentes visões a meu respeito (surpreendentes, ao considerar que nem todos olham aqui, sabem o que isso aqui é).
Um retiro meu ao mundo seguro, vivendo sem muita certeza do que será o amanhã - ainda que eu esteja formando ele, no sentido prático.
No sentido interno... Tem algo gritando. Sentimentos em explosão. O Sol que guardo em mim, o Sol que eu profundamente esconda, está escapando. Está querendo sair correndo, e eu o controlo escrevendo, tentando ocupar a mente, tentando saciar o corpo.
A pergunta que me persegue: Até quando eu conseguirei?
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