sábado, 13 de abril de 2019

Durante dias, longos dias, houve uma pergunta no ar.
Houve um nome que deveria ser esquecido, e não foi.
Houve um sentir que pode até ser até o fim da vida, mas que mudou.

Quem considera que amor é para sempre, está certo em partes. 
O amor muda.
Quiçá até acabe.

O amor muda porque nada no mundo é imutável... Ainda sou muito heraclitana no meu modus operandis existencial: "não se mergulha duas vezes no mesmo rio...".
Não existe sentimento que não passe por uma "reescrita" na sua forma, no seu tempo, na sua transmissão.
Nenhum sentimento vence o tempo.

E veja, quando falo de "vencer", falo acerca do manter-se intacto perante o passar dos dias, dos anos. Isso não existe. O amor muda com os casais que convivem juntos, muda quando eles estão distantes um do outro. É no como você administra esse amor que está a grande diferença.

Quando penso no passado, naquela hora que a mente verga e dá vontade de botar a mão no arado, penso sim no que aconteceria se o passado me reaparecesse no virar da esquina, em uma mesa de bar, em um corredor universitário, na beira do mar... Não vou dizer aqui que é algo saudável, mas a pergunta surge, vez ou outra, e eu me preocupo.

Eu estaria pronta se o passado voltasse?
Todos os conflitos do passado já foram superados?
Será que, um dia, terei menos lacunas no coração?

Talvez. Eu nem sei se estarei viva no próximo instante...

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Será que você também aguenta esse aqui?

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