terça-feira, 22 de outubro de 2013

Anseio pelo mundo.


Talvez, pelo retomar abrupto, rápido e intenso da minha chamada rotina "high tech", em menos de dois dias eu já me sinta cansada. Ou melhor, sobrecarregada.
Talvez, pela junção de mil obrigações.
Ou seria o estado conflituoso em que minha mente se enfiou nos dias mais leves (sim, porque chamar de "férias" é ser irônica ao cubo)?
Sei lá!
Só sei que - neste momento atual, e pode ser ainda que mude de ideia no decorrer da correria dos dias - ando necessitando de pausas. Curtas, porém intensas pausas.
Preciso sair. Ver gente. Contemplar o mundo. Os dias leves me deram essa perspectiva com uma força imensa, mas não descomunal como outrora. É uma necessidade vital, porém tranquila, viva.
A vontade me serve de fonte de calma. De afastamento dos desvarios em que minha mente vem se metendo, nas horas mortas do meu cotidiano (e vocês sabem, almas caridosas, eu consigo encontrar essas horas mortas facilmente!).
Me faz querer ser não somente a mulher-estudante-professora-pesquisadora que ando formulando paulatinamente em minha vida, totalmente necessária mas não única. Também quero ser aquela que amplia os seus horizontes. Ser mais do que uma gauche conformada, mas uma gauche com pousos. Com espaços e locais. Que vive e que arde.
Mas, dessa vez, me recuso a vestir o hábito. Nem mesmo admito a fantasia colorida de um novo ser. Não há mais espaço, nesta criança de 27 anos, para as máscaras, para a loucura de recriar-me como alguém mais utópico que os meus delírios mentais. Não quero fingir... Nem para mim mesma. Quero dar luminosidade - e não jogar dentro de um poço - à minha persona. Mal a mal, é só minha e eu a amo de forma torta e sincera.
Posso perceber essa diferença na ansiedade crescente de escrever. Vai retomando aos poucos a vontade de registrar coisas, de preencher este blog como outrora. Essa ânsia que se mete na alma no momento em que fico desavisada. Mas que me dá força quando as intempéries me "obrigam" a transpassar as palavras da mente para os meus dedos, para minha janela, meu eterno confessionário.
Ou para a mão esquerda, quando a necessidade não encontra o teclado do meu notebook.
Não ando considerando paixões ou amores, que me desculpem os seres do mundo. Nada contra, ainda sou a mesma bobinha capaz de preencher horas de folga sobre o sentimento. Mas a vida (a parte séria da coisa) me exige a constância. Eu me conheço muitíssimo bem para saber que amar agora seria um retrocesso, seria um desviar de caminho. O que eu, nesse momento, me recuso.
É ser tão cônscia da minha condição humana, que opto por não dar trela. ser mais egoísta que altruísta. E, honestamente, sei que é tarefa difícil. Mas tenho que tentar.
Há grandes possibilidades, há oportunidades a se descortinar em minha vida (e não preciso do horóscopo para notar isso). E só eu posso agarrar.
Dependo, agora, das minhas escolhas e da minha força.
Não quero parar agora. Se vier algo, que seja para acrescentar.

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