sábado, 19 de maio de 2012

Mais magra.

E de repente, olho para as calças que eu visto.
Folgadas.
Muito folgadas, até.
Fico me lembrando da Christiane F., quando ela falava da sua única habilidade em costura: apertar as calças jeans, já que ela emagrecia depressa, na vida louca que levava.
Olho para mim mesma, e percebo que tenho que aprender essa técnica.
Urgentemente, aliás.
Ao mesmo tempo, me sinto preocupada e contente.
Estou emagrecendo rápido demais.

Pode parecer uma coisa confusa, mas para aquela menina que, na mesma época no ano anterior, estava bem acima do peso, perceber a sua barriga bem menos saliente e sem muitos pneus a serem apertados pelos amigos é algo que alegra e inquieta ao mesmo tempo.
É resultado de uma vida corrida. E ao mesmo tempo de uma decisão de não viver.
Ou viver apenas um dia de cada vez.

Eu brinco muito. Uma amiga minha diz estar com inveja... Não sei se sou motivo de inveja. Os humores estão instáveis, a solidão é crescente - um dia perdido, entro em crise por me sentir demasiadamente sozinha.
Emagrecer assim, parece um tanto quanto desperdício.
Não ter ninguém pra atiçar a sua vaidade, falando "está mais magra", faz com que eu fique meio hesitante enquanto mulher...
E enquanto ser que tenta não mais ser tão gorda.

Mas, vou continuar tentando.
Não pelos outros. Quiçá por mim.
Até porque, nessas horas, sempre me lembro das palavras da Ruth Rocha: "Quem não agrada a si mesmo, não pode agradar à mais ninguém."
E, gorda ou magra, sei que sempre um vai gostar. E outro não vai.
It's a life, baby!

Mas, quem sabe?
Mas, menti em um detalhe: sim, houve um amigo de anos que chegou até mim e soltou que eu estava mais magra. Senti uma certa satisfação.
Mas, creio que as almas caridosas que leem isto aqui sabem do que é que eu estou falando, né?

Enfim, vamos nós... Um dia de cada vez.
A vida que eu tou tentando seguir.

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