quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A preparação...


Os dias passam como nunca vi antes.
Inquietos, agitados, felizes.
Dias em que, sei lá como, posso dizer que estou deixando o Destino correr ao seu contento, fazendo planos para poder arrumar meus erros de longo prazo, procurando manter a minha suspeita sanidade, encontrando nos meus amigos a energia positiva que tanto quero e desejo. Um dia eu consigo a plenitude - ou pelo menos espero isso. Não quero apenas ser por ser, mas ser porque quero isso em minha vida.
Dias em que encontro motivos para sorrir...e até para chorar, mas um choro com motivos, com alguma espécie de sentido que não seja só crise pessoal.

Pois é... Mas tem uma trava em tudo isso, sempre tem.
Novidade? Nenhuma!



Não posso dizer muito, até porque nem tudo o que sinto deve ser expressado aqui - ainda tenho direito ao meu oceano de mistérios - mas, dentro de alguns dias, virão as maiores provas de um passado. Coisas que não abrirei tão fácil, pois, sinceramente, fazem parte da minha vida, de uma coisa muito, mas muito mesmo, minha. E que só agora eu entendo isso de uma forma mais clara, mais ou menos definitiva. E digo isso, pois sei que "definitivo" é uma palavra muito falha quando o assunto é "vida". Se eu já me complico em acreditar no "eterno"...!
Chegarão as minhas mãos, não palavras, creio eu. Mas provas cabais de algo que não foi um crime, que não foi um paraíso na Terra. Foi apenas algo muito além do real, uma utopia, um sonho. Agora, eu percebo isso: eu sonhei durante dias. Um sonho bonito e palpável, mas que nunca deixou de ser sonho - e que não esperou eu acordar para que se acabasse. Mas, de sonhos não se vive uma vida inteira.
O pró é: Até onde estou realmente pronta para encarar as marcas de uma história ainda não assimilada, de um sentir ainda vivo?  Ainda passando para a sinceridade e a lealdade que, agora, só devo à mim mesma, mais ninguém: Eu não sei até onde, até que ponto, eu estou me sentindo preparada para pegar um certo objeto e apenas sentir aquela saudade distante, aquela tranquilidade de quem viveu e simplesmente passou, que está muito feliz sem isso. Pois, eu sei muito bem que, apesar de tudo, eu seria mais feliz se ainda tivesse a chance de sonhar, de crer e de sentir. Mas, quando não se tem tudo o que ama, deve-se amar tudo o que tem. À duras penas, estou aprendendo.
Mas tenho muito medo. Será que, ao olhar o que está agora repousando em um lugar escuro e deserto para amanhã tornar a seguir seu caminho até mim, eu não vacile e as velhas pontadas da melancolia, do desespero, da dor e da sensação de vitimada, usada, não tornem a mim? Confesso, tou muito fria, e tenho total consciência de que eu tou forçando muita coisa, para evitar sofrimentos e a solidão inevitável. Mas, também eu não quero voltar à situação de semanas atrás, onde o Inferno de Dante era o exemplo mais amigável e mais doce do mundo assustador em que eu mergulhei de cabeça, tal qual um pulo do CFCH, onde não havia volta. Mas, não me perguntem como, eu sobrevivi.
Sim, sobrevivi.
Só não sei até quando.

Será sábado? Segunda? Terça? Prepare-se, Madalena. O seu passado virá em forma de documento, virá para si, e só para si. Como reagirás? Serás uma penitente, chorando o que não tem mais jeito, nem nunca terá; ou simplesmente verás, sorrirás (ou não), jogarás por aí e simplesmente passarás para sempre..."Se não for o da frente, tem que ser o de lá trás; passarás, passarás, mas algum há de ficar..."
Não sei. Simplesmente, eu nada sei do breve.

É... Para os que estranharam meu sumiço muito breve, saibam: ainda tenho muito a escrever. Precisei (e ainda preciso) de um tempo para acalmar meu ser, para aprender a ser ladina e escaldada nesta porcaria de vida. Perdoar e pedir perdão, de todas as maneiras. Ainda não estou livre, mas estarei em breve... É uma das poucas coisas que eu acredito hoje e agora.
Avante, moça... Monte sua fortaleza, prepare seu forte, e se proteja do avanço de si mesma!

Nenhum comentário:

Será que você também aguenta esse aqui?

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...