segunda-feira, 27 de julho de 2009

Poema de adeus (ou até-logo) ao Pará...


Na hora da partida
(tão triste a despedida),
prometo que hei de voltar.
À este silêncio na beira do rio,
à este mundo selvagem e de brio,
um dia eu vou regressar.
Quando me vier a solidão,
quando me faltar até a ilusão,
em espírito vou aqui tornar;
e, sob este Sol tão radiante,
águas e terra sempre constante,
minha mente haverá de repousar.
E na correnteza, sempre violenta,
minh'alma se joga, se aguenta,
e volta à tona, não sem antes deixar
uma parte do meu eu insistente;
que, ainda que não o possa fisicamente,
há de, breve, em espírito, voltar.

Sim, Pará...
Um dia voltaremos a nos encontrar.

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Será que você também aguenta esse aqui?

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