segunda-feira, 13 de junho de 2016

Dois amigos.

O destino uniu eles a ela.
Corredores de um trabalho.

De um, não tem muito.
Do outro, tudo o que poderia esperar e mais um pouco.

De um, pode-se contar para qualquer programa, é o inesperado.
O outro, previsível, é a programação - começo e fim - já marcada.

Um faz do futebol seu amor maior.
O outro é categórico: "não gosto!".

Um odeia o cheiro de incenso.
O outro, pode viver em um universo repleto de aromas.

Um lhe traz o reggae, o hip hop, o som das periferias.
O outro, o culto, o louco, o som intelectual e também das pistas.

Um é o abraço, aberto e livre, a qualquer instante.
O outro é o consolo da cabeça sonolenta, quando vem a exaustão da esbórnia.

Um é qualquer papo que lhe vier à cabeça.
O outro pode lhe pregar uma peça, lhe apresentar as contradições.

Um é a noite, a escuridão, o mistério estrelar, lunar.
Outro é o dia, qualquer que seja o dia - de Sol ou de chuva.

Mas, quando estes dois se unem a ela em umas raras ocasiões, são quase insolúveis em seu momento.

São um trio.
"Dois homens e uma mulher: Arnaldo, Carlinhos e Zé!"

Eles fazem parte de uma mente extremamente complexa.
E, quando um falta, vira assunto com o outro.

Porque, para ela, duro vai ser quando o tempo os separarem.
Não sabe se, para eles, ela fará tanta falta assim.

Mas ela sentirá falta de ambos.
Pelo tanto que já possuem.

Apenas isso, mais nada.

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