domingo, 30 de agosto de 2015

Inesperado gosto do desejo.

Quando você olha para alguém e se dá conta do quanto está próxima a ele?
Quando suas bocas se encostam, e é tão natural como respirar?
Quando você o segue, sentindo apenas que era o caminho mais óbvio... Por que não ocorrera antes?
Faltava maturidade. Faltava olhar.
Faltava subir, pular o muro dos preconceitos.
Faltava que um corpo desvendasse o seu e você entendesse que não tinha mais escapatória.
Era a entrega. Era um corpo novo, deslocado das máscaras.
Era um homem. Era a voracidade a lhe encostar, lhe penetrar, lhe extasiar.
Eram gemidos, eram sussurros.
Era a escuridão da noite. Eram as primeiras luzes do dia.
Eram os poucos dias que restaram. Eram lábios em toque fora da cama, eram ligeiros arrepios em um toque, eram ciúmes bobos, eram pequenas ousadias por baixo de mesas, eram os cuidados.
Era você sentir em seu sono um corpo a lhe enlaçar, toque carinhoso em meio aos sonhos.
Era tanto, que você não lamenta nenhum tempo perdido.

Não há nada mais compensador do que o inesperado na hora certa.

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