terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Adeus, vocês.

Adeus, vocês.
Esse adeus é um adeus escrito com lágrimas e ao mesmo tempo com a certeza doce de que é o melhor que posso fazer por mim. Dizer essa palavra me enche de uma dor monumental - por muito tempo, vocês foram as coisas que moveram meu mundo; o grande problema é que esse mundo já tinha saído dos eixos há muito tempo, e que apenas os envolvi no meu redemoinho particular.
Cometi muitos erros e sempre culpei outras pessoas. Mas os erros foram meus, e eu preciso aqui deixar claro. Quem sabe os erros, sabe bem...
Eu fiz tanta coisa errada, meu Deus do Céu! De certa forma, diretamente ou não, contribui para a atual doença da minha mãe, contribuí para o desmantelamento de toda uma vida - a minha! O que sou agora? Quem vai olhar para mim e me achar digna de alguma coisa? Não tenho mais moral para nada, nada!
Peço apenas que me perdoem.

Perdoem-me, não pelo que fiz, mas pelos erros que cometi com vocês. O que fiz, me responsabilizo sozinha, dessa vez. Me responsabilizo por me distanciar e por enfim deixá-los em paz.
Perdoem-me por não ter entendido vocês.
Por tê-los tentado sufocar com meu sentimento.
Por acreditar que poderia ter em vocês a verdade de toda uma vida.
Por ver em vocês a solução que deveria ter achado em mim mesma.
Por culpá-los dos meus erros.
Por pô-los para baixo em meus sonhos e minhas utopias.
Por ter sido que fui.

Me perdoem, por favor...



Pela primeira vez na vida, a palavra "adeus" que eu quero falar tem um outro sentido. Um sentido de esperança, de distância, até mesmo de coragem. Mas não deixa de ser um adeus, pois me apartará realmente de muita - ou todas - as pessoas que amo, em busca de um algo que possa dar sentido a essa vida sem sentido. Um adeus definitivo.
Mas, sempre amarei vocês. Nunca duvidem disso.

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