domingo, 11 de abril de 2010



Muitas vezes, as pessoas lidam com a razão e a emoção, com o seu conflito, com a sua disputa cotidiana...Simplesmente pensam, sentem...e em alguns casos, agem numa combinação das duas. Ou então é um, ou o outro, sem interferências maiores.

Isso são os outros!

Eu sou diferente, e sei disso muito bem!

Não estou arrotando superioridade, nem me abaixando no nível inferior da coisa. Mas a verdade é essa: eu sou diferente, não vivo um conflito tão comunal e fácil assim. Tá...fácil não é, mas é melhor que o meu conflito:
Eu versus meu muro interior

Sabe como é...Sou um animal sentimental (parafrasenando o mestre Renato Russo), que nem tem tanto juízo assim. O negócio meu é emocional normal e emocional desvairado. Quem tá certo, ou não? Bela questão! Até hoje eu tento definir...
Os dois se separam por um muro. O meu "Muro de Berlim". Onde tudo se divide, tudo se separam...Nesse muro, montado com todos os meus medos, todas as minhas inseguranças, minhas tragédias pessoais agora incofessáveis, minhas mágoas, minhas decepções...Tudo, tudo que me atormentou e me deixou cicatrizes indeléveis em meus quase 24 anos de vida. O que tentei sanar amando. O que tento superar escrevendo.
Mas o muro é maior que eu; e a guerra, em ambos os lados, é acirrada.
Por exemplo: eu vivendo uma questão de uma paixão louquíssima, de uma emoção avassaladora, de...ah! De um possível amor. Pronto. Aí vem a minha parte emocional mais egoísta, me lembrando de "como tu se fudeu no último relacionamento? vai fazer de novo?" (quase se fosse minha mãe ou minha melhor amiga incrédula falando, mas tudo bem...), a outra - que nem juízo tem, tadinha...como se a primeira tivesse um tantim! - apenas quer, quer, quer...e vai ficar querendo até: ou quebrar a cara, ou conseguir o que quer.
Enquanto isso, o muro...impedindo as guerras maiores, onde talvez não sobre nenhuma Soledade para contar o babado. Segurando alguns sentimentos que teimam em querer pular, em querer fugir, em querer ser extravasados além do limite habitual, para adiante da tênue linha de normalidade deste ser que vos fala. Segurando algumas pessoas, para que estas não alvorocem mais ainda o coreto. Não conseguindo resistir a uns poucos que os atravessam meio que inconscientemente, e geram questões que, como Marx já dizia, são contraditórias por si só.

Pois é...
Tenho analisado muita coisa dentro de mim. Alguém pulou o muro, e está no meio de um monte de guerreiros altamente confusos, por não saberem mais por que e por quem guerrear. E que tá dizendo - ou melhor, gritando - coisas que ninguém mais queria ver, ou lembrar, ou sentir, ou saber.
Gritando que o amor é vago...A um ser que um dia acreditou que vivia por conta do amor que sentia pelos outros, e temia as paixões...
Gritando que tudo é inesquecível enquanto durar...A alguém que sente em seu peito toda uma vida, todas as vitórias, todas as derrotas...
Gritando que há uma paixão, por este ser tão e tão ferido de paixões de outrora.
Gritando tanta coisa...Ajudando-me a desconstruir o mundo que me cerca...


Quer dizer, quase todo o mundo...O muro está ali, imponente, enorme, escuro e frio; com rivais em suas divisas, prontos para iniciarem a grande guerra.
O que haverá de acontecer, se este muro cair?
Sobriverá alguma Soledade deste inferno interior?


Aguardem os próximos capítulos? ;)

^^
(acima de tudo, tentando seguir...)
Tem muita coisa acontecendo...Principalmente dentro de mim...

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