quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mas o Sol nascerá amanhã...




De volta à Recife...depois de 11 dias longe, percebo que tem muitas e muitas tempestades na minha vida.
Tem muita coisa que preciso mudar dentro de mim. Estou presa a medos, a incertezas, a sofrimentos vãos, doídos e um tanto frágeis. Onde está a minha maneira "rodada" de ser? Onde caiu a minha liberdade, minha independência? Será que ela caiu no encontro de outra liberdade, de outra independência?
Tem uma nuvem sobre mim. Uma nuvem que cresce a cada dia, que vai pingando gotas de chuva em minha cabeça, que troveja e eletrocuta minhas tentativas de ser, fazer e de viver (acontecer não, né? Não é minha praia!)
Nuvenzinha de um certo tempo. Que veio com o encontro de uma coisa que poderia ser boa, mas está me estagnando, me deixando só, me deixando triste. Onde eu estou, que não reajo? Onde eu vivo, que não corro ao meu encontro e me salvo de uma vez?

A verdade é que estou envolvida até o fim. Estou presa a um sentimento que está começando a entrar em berlinda, que parece que vai em corda bamba, prestes a desabar...mas junto a ele, vai o meu coração. As minhas esperanças de ser feliz. A minha luta para não ser solitária. O meu desejo de continuar, a minha vontade de ser uma parte dele...
Se estou nessa berlinda, não é culpa de ninguém, senão minha. Tentaram, me avisaram, me perturbaram. Mas a verdade é que eu não sei mais sair...nem se eu quero isso. É como se eu gostasse de sofrer, de ficar calada, me segurando de saudade, de ver outros e pensar na razão que não estou da mesma forma.
É um egoísmo, misturado com amor, com dependência, com medo, com ternura... Não sei.

Mas claro, talvez amanhã o Sol volte. Ilumine o meu dia, minha semana, meu mês, meu ano. E eu, lógico, pense: "Que idiota! Olhaí, toda a sua tolice, toda a sua destemperança! Olhaí vc feliz!". E feliz por tão pouco...só por estar perto, só por respirar o mesmo ar, só pelas carícias que eu tanto mendigo...Como uma mendiga sim, uma mendiga do amor...

Mendiga que tenta escapar de outras oportunidades de ter um amor sincero, aberto, mais fácil e próximo. Afinal, essa mendiga só quer uma coisa, só uma: ELE! O sol que bate em sua janela e lhe faz sorrir, o sol que pousa em sua pele e a envolve de desejo, o sol que lhe acompanha, o sol...

Mas quando o Sol se vai, só sobra a chuva, os dias tristes, o isolamento. E de nada adianta uma réstia...Ela quer o Sol todo, um dia verdadeiramente ensolarado!



Tempestade, hoje me assola.
Mas quem sabe amanhã o Sol não volta...?

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