Mundo público, universos particulares.

VENEZA BRASILEIRA

Cidade que abraça os rios,
Cidade de praças mil,
Cidade quente,menina valente,
De corpo quente que caminha entre a gente,
Veneza de noites calmas,
De pontes alvas,assim cortando mangues e rios,
Que se eternizam ao longo dos céus.
Acende ideais dos que ficam dos que vaem,
Cidade das relicárias igrejas,museus,praias,
Cidade de Maurício de Nassau.
Das jangadas,dos jangadeiros que despertam o mar inteiro,
Dos côcos,coqueirais,jacas,jambeiros.
Cidade de arrepiar,de grandes misturas,
Dos sobrados com fortes marcas históricas,
Árabes,holandeses,portugueses,
Descendo nos portos e escorregando em tuas mãos.
Vendo os gingados que agitam avenidas,
Cidade,você é a menina mais linda
Que meus olhos já viu.
Cidade querida de rios e tambores,
Das pitombas,dos araças,dos mil amores,
Dos balagandãs,das cores das manhãs
Cidade de amadurecimento cultural,
Cidade de Silvério Pessoa,Alceu Valença,Dominguinhos,
Cidade! tuas noites na beira cais,
Acordam Brennand, o mar bravio contempla sua obra,
E o teu povo sai dançando nas ruas,
No compasso do teu coração,
Na alegria tão fugaz dos teus dias.
No sábado de Zé pereira,no Galo da madrugada
Recife,tu és menina frevando em nossa alma.

Ecila Yleus
Publicado no Recanto das Letras em 12/03/2008
Código do texto: T898260


(linda, né? ^^)