quarta-feira, 12 de março de 2008

Bryoniana, mais uma vez...

Não sei bem...tem coisas estranhas me ocorrendo, tudo de uma vez. Humor instável, contrariedades bestas, momentos de choque extremos, medo, medo, medo...muita coisa junta, meu Deus! é muita prova à qual estou atravessando nesses dias! Será possível que o catavento de minha vida voltou a rodar, e eu vou ter um novo giro de 360º? Não sei, estou byroniando de novo...
Justamente um byronismo antes do EREH...que coisa, não? Normalmente, essas crises me ocorrem em pleno evento...dessa vez me atacou mais cedo. Será uma premonição de que não devo ir? Ou apenas uma impressão, uma catarse para que meu peito esteja pronto para o que há de vir em breve?
Não sei. E isso é terrível, é assustador. Saber que tem coisas que não posso mudar, coisas que são provocadas pela minha fraqueza, pela minha tolice; mescladas com coisas que não vem da gente, pedaços de uma questão social; uma tentativa de assalto, que não leva nada, lhe deixa intacto de corpo e de seus bens materiais, mas lhe deixa o medo, a lágrima de pavor, impotência e de todos os sentimentos misturados, de coisas que nada tem a ver com a situação, mas contribuem coletivamente com meu byronismo de agora.

***
O pranto de quase 4 horas atrás, a lágrima foi de tanta coisa...saudade, tristeza, sentimento de raiva do mundo, estresse, o momento em que fui abordada...nada me sai da cabeça agora, é um carrosel de sensações...Meu Deus do Céu, me apaga essas imagens, estou desesperada, agoniada, quase enlouquecendo...Nunca me vi tão byrônica, nunca minha tristeza seguiu limiares tão duros ( e olhe que já tive momentos de pedir pra morrer, de querer me encerrar a vida, e tantos outros gestos insanos); mas nunca ele atingiu um limiar externo de tamanha força, nunca me foi uma apresentação marcante da realidade social, em choque com minha meninice perante a vida e suas controvérsias, suas separações, suas ausências, suas brigas, seus silêncios, pais abandonando filhos, assaltos no muro da escola, suas conveniências, suas misérias, suas convenções...É difícil demais ser humana, ser romanticamente incapaz de entender pelo menos uns 95% dessas coisas, sem que eu me sinta triste, revoltada com o mundo que vivo, sem que eu me sinta diminuta, egoísta, impotente, fraca, fraca, fraca...
Sim, sou fraca, meu Deus...sou apenas uma menina de dois anos (é verdade, Moisés, nunca estivesse tão certo), que quer brincar de querer mudar o mundo, mas na verdade é um ser humano covarde, assustado e hipócrita como tantos outros...

Pela primeira vez, em meus momentos byrônicos, não desejo morrer. Mas queria só entender. Por quê, por quê preciso de tantos golpes para que haja a mudança dos ventos em minha vida?
é necessário mesmo isso?
Quero só entender... explicar essa situação que não é só minha, e ao mesmo tempo, é íntima demais pra ser aberta com facilidade ao mundo público da minha vida.

Meus universos particulares se chocaram com o mundo além do meu mundo. Minha tristeza também é social, é de outros; não é só frescurite minha. E, confesso, isso é pior ainda do que escrever pedidos de morte...

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