O que é belo? Não sou eu!

Aprendi uma coisa no decorrer da minha vida: a dar valor ao que chamam de "beleza externa" com uma disposição aleatória.
Ou seja: um dia até me encorajo, nos outros sou eu mesma.
Desleixada, largada por entre beldades, coisa assim, aproximada.
Já cansei de ficar me ligando por isso.
Concebi-me sendo mais interior do que exterior. O que vem de dentro me importa mais.
É lá dentro de cada um que se formam as coisas mais interessantes.
O afeto. O desejo. A amizade. E até mesmo o amor.
O que está de fora é complemento e contentamento da sociedade que nos cerca, que meio que exige que sejamos aparentemente "apresentáveis" para o "espetáculo do belo".

(Sejamos francos que de belo, tenho um pouco. Nada muito impactante, admito)

Enfim, tenho um ato estranho de me registrar.
Venerar-me? Tá, não sou tão mentirosamente fútil.
Me marcar no seguir da vida? Tá mais perto disso. Um lado um pouco narcisista me coloca nesta premissa.
Os autorretratos. Seguidos de palavras.
Não me sinto completa sem isso.

E não espero que ninguém me chame de bonita, embora um elogio seja até bom.
Só espero que nunca enjoem de minha loucura.