quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A uma pessoa...

Me lembrei de você nos últimos dias. Inquieta e estranhamente. Não era uma lembrança que eu, vou lhe ser honesta, queria que ficasse martelando por aqui. Eu não queria mesmo, lhe juro.
Com todas as minhas forças.
Pela primeira vez em minha vida, lutei. Lutei para esquecer-lhe, para que eu pudesse arrumar o caminho conforme o que eu queria, para poder alcançar a sonhada e desejada liberdade que tanto havia lhe anunciado, que tanto havia aumentado o abismo entre a gente. Lutei para que nunca, nunca mais, eu sonhasse com você, que eu nunca mais quisesse nada de você... Que eu nunca mais tivesse a chance de lhe ferir, mais uma vez.
E falhei.
Falhei em tudo. Desde o começo. Desde o recomeço, desde o novo fim - não sei mais aonde errei; mas sei que errei. E enquanto eu errava, você estava ali a me amparar, a suportar meu mau humor, a consolar minhas lágrimas. Estava ali, me amando da sua forma.
E eu desperdicei tudo.
Em muitos momentos.
E acabou.
Agora, é para sempre essa cisão.

Eu não quero ser invasiva, mas estou inquieta. Há dias sua face perturba a minha mente. Meus dedos lhe escrevem cartas que nunca lhe darei, meu inconsciente musical desenterram músicas que nunca foram nossas, para nos ilustrar o passado. Meu racional precisa de seu apoio, meu emocional precisa do seu abraço. Apenas isso.
Mas, como sou idiota, meu Deus! Quero o que outrora neguei, que agora pode ter encontrado uma moça mais merecedora do seu afeto do que eu. Seria o preço mais leve que eu teria que pagar.
Pior seria ele jamais me perdoar, né?

Mas, na verdade, eu queria dizer adeus.
Sim, adeus.
Tanta coisa que eu tenho a dizer... Estou indo embora. Não, não é por conta dos meus sonhos - é a realidade que me arrasta pra longe do meu lugar. Uma realidade que me entristece, apesar das boas coisas que recebi nos últimos dias - ainda que pequenas vitórias de uma pobre moça qualquer do mundo - e do que quiçá o futuro me reserva. Apesar dos meus queridos amigos de longe, das minhas almas caridosas aqui presentes... Queria alguém de verdade ao meu lado. Alguém como você.
Sei que estou sendo hipócrita, por estar te pedindo colo quando necessito dele. Você não é e nunca foi meu capacho. E me sinto idiota demais por fazer isso. Me desculpa, pessoa... Mas...


Você se lembra das palavras que eu te disse, quando eu me afastei de você? Eram as palavras que queria dizer agora. Mas não as direi mais.
Peço apenas um adeus. Um último abraço.


Com um amor instável, estúpido e tolo,
dessa esquisita que você conhece como poucos. 






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