segunda-feira, 7 de novembro de 2011

The big girls do not cry?

É inútil. O que pretendo aqui escrever? Lamentações. Fúrias. Dores que não são facilmente sufocadas. Desisti de falar, de desabafar com as pessoas - todo mundo tem problemas e, no fundo, quem está realmente querendo saber dos meus? Estou prisioneira dentro da minha própria casa, sem saber como ajudar, sem conseguir ajudar àquela que me deu a vida. Estou fugindo em palavras, conversas pelo notebook, músicas, fotografias, aulas, vou assim sublimando a minha dor. Vou fingindo que estou bem, quando na real estou triste. Vou enganando-me e a todos à minha volta, pois "garotas grandes não choram" e "ninguém é culpado por você sofrer, então não fale nada.". Eu me calo. Eu finjo. Eu me oculto. Mas não consigo sumir. Preciso de tudo aquilo que hoje me ajuda a suportar. Meus amigos com seus problemas que escuto e tento ajudar, meu trabalho sempre com demandas a cada dia maiores... E eu? Onde estou? Não sei. Só sei que não sei se consigo mais. Estou tentando. Estou escrevendo aqui porque, por mais idiota que seja, este sempre foi o meu espaço de confissão - não o criei para os outros, mas para mim. Estou escrevendo para ver se a dor que me sufoca diminui um pouco. Para ter forças. Vou trabalhar. Vou andar. Vou pensar em História, Geografia, Português. Vou calar essas palavras assim que eu clicar o "Publicar", e vou voltar à enfrentar. Por ela, que está na sala sem dormir, sem chorar, sem saber o que fazer da vida. Por mim, pois preciso reagir. Chegou a hora de começar a me despedir da vida que eu tinha. Quiçá dos meus sonhos. A alienada, a esquisita, a fora da realidade, como ouço da minha mãe. Preciso de tudo isso? Oh, meu Deus, me ajuda! Ajuda a suportar a carga dessa cruz... Ajuda a minha mãinha! Enquanto isso, sigo tentando e fugindo, tentando e fugindo...
Garotas grandes não choram.

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