segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Amazona...



Eu me sinto, nesta noite, como se estivesse pegando um garanhão negro, subido em sua sela e começado uma longa cavalgada.
Eu, uma solitária amazona.
Seguindo.
Cavalgando dia e noite, indomável viajante.
Sem medo de errar, mas eternamente errante.
Sempre com os olhos distantes, criança vigilante.

Cavalgo em nome de algo que não sei. Por alguém cuja face nunca vi.
Um Dom Quixote sem Dulcinéia.
Um poeta sem musa... Um Cyrano sem sua Roxana.

Apenas quero me encontrar no fim da estrada.
E poder, enfim, seguir um caminho alternativo.
Poder ser eu mesma.

Mesmo que ser eu mesma seja ser, mais uma vez, uma amazona perdida.
Com seu cavalo negro.
Com seu espírito em construção constante...

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