sábado, 14 de maio de 2011

E por que não?



Assim que consigo adentrar na minha net em casa, após dias apenas me vendo jogar e criar coisas no photoshop (tá bom, o último foi té produtivo, não nego!), vejo a Rafinha no Facebook com esse link, mais a chamada atraente:

"PRIMEIRO BEIJO LÉSBICO DA TV EM 'AMOR E REVOLUÇÃO' "

Claro que eu, como qualquer noveleira que se preze, quero assistir uma cena de uma novela que, apesar da velha e traiçoeira questão do ibope baixo, está sendo consagrada, criticada e avidamente acompanhada por muita gente. Claro que eu, como uma pessoa que aprendi que toda a forma de amor é justa, não ia me furtar de ver a cena que as emissoras "grandes" (vâmo falar sério, a SBT não é mais tão grande, esse título entre aspas fica com a Globo e a Record) não mostrariam, até pelo seu grau hipócrito-puritano impresso nas novelas que apresentam. E claro que eu, como imagino que algumas pessoas, apreciei imensamente a cena. Pela sua simplicidade e beleza, e por sua normalidade.
Isso aí: NORMALIDADE.
Um beijo é sempre um beijo, não importa quem o dá.
Como eu bem sei, no meu blog há, entre as pessoas que o lêem, pessoas de diferentes opiniões a respeito do assunto HOMOSSEXUALIDADE. Sim, pus em maiúsculas; está na hora da sociedade aprender a reconhecer esta palavra e, se não gosta (e ela tem esse direito, sim), pelo menos RESPEITAR! É o mínimo que podemos fazer hoje, na mesma sociedade que, neste mesmo mês, começou a reconhecer os direitos que cada um de nós devemos ter, e independente do sexo que temos ou dos nossos companheiros afetivos.

“Onde há sociedade, há o direito. Se a sociedade evolui, o direito evolui. Os homoafetivos vieram aqui pleitear uma equiparação, que fossem reconhecidos à luz da comunhão que têm e acima de tudo porque querem erigir um projeto de vida. A Suprema Corte concederá aos homoafetivos mais que um projeto de vida, um projeto de felicidade” 
(Luis Fux, ministro do Supremo Tribunal, favorável à união homossexual)

Mas, para não me perder de todo na minha conversa (e é isso o que acontece agora...), voltemos ao painel da postagem: o beijo gay.
Você, leitor, pode ter achado indecente, apelativo ou inadequado. Mas eu te indago: aonde? Se fosse algo menos sutil, eu chiaria. Não pelo fato de ser um beijo gay, mas pelas velhas queixas ao apelativo.
Claro, eu bem sei que se fossem dois homens, o papo era outro. Insinuação lésbica é excitante para boa parte da população masculina, e não choca tanto. Mas, espero que o autor cumpra o que prometeu, e faça esta cena. Aí, sim, quero ver como vai ser a recepção.
A dessas cenas já foi bem interessante...
(vide youtube)

Enfim, não quero considerar tanto. Mas, só uma coisa...
Numa sociedade heterogênea como a nossa, esperar que estejamos "livres" de um comportamento homossexual é um pensamento bizarro e mesmo alienado. Posso dizer, e não terei o mínimo de vergonha de falar: eu não tou nem aí, pois aprendi a entender. Tenho amigos gays, tenho em minha família pessoas que possuem um relacionamento com pessoas do mesmo sexo - e falo de um relacionamento com anos de duração, com estabilidade! Admiro profundamente quem mete a cara à tapa e não tem medo de dizer quem é ou o que faz.

 Estou integrada a um mundo que difere do que pensam os radicais, seja de que lado for: O mundo não é gay, e muito menos hetero. O mundo é de todos, pura e simplesmente. 

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Será que você também aguenta esse aqui?

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