quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Palavras (que não podem ser ditas) a uma pessoa...

Tanto a dizer, pouco a pensar.
Ou seria o contrário?
Queria poder te dizer tudo o que se passa na minha mente, meu companheiro mais querido... Como eu queria poder fazer isso, eu te juro! Abrir-me como sempre fiz... Poder chorar em teus braços, ouvir tuas palavras, te abraçar forte, forte, como uma criança que achou seu brinquedo de consolar as dores e não o larga por nada deste mundo.
Queria dizer que eu tenho medo... Que eu não mereço o amor que me dás de graça.
Queria ser mais forte e não precisar tanto do seu amor.
Eu queria tanto, tanto...
Mas, estou sendo covarde. Estou em silêncio.
Perguntastes-me se o problema é conosco. Se eu não estou feliz com você. A verdade é que eu não sei mais nem quem sou, e isso me incomoda. As marcas deixadas durante a distância foram muito profundas, e não estão saradas. Talvez nunca mais estejam... Mas não é você, meu amor. Não é por eu me sentir infeliz – você nem sabe o quanto me sinto bem de ter-te comigo! Mas pelo hiato que se formou dentro de mim... Um hiato que apenas uma pessoa poderia preencher, e ela não poderá fazê-lo.
Ser mulher é ter um coração tão vasto e misterioso como um oceano... Mas eu nunca te escondi nada. E suplantar a melhor parte de mim – a sinceridade acima de tudo – por conta do medo e da covardia de não querer mais aceitar o que sinto, me dói como se eu estivesse cometendo suicídio. Ou mesmo te matando.
Eu não te mereço. Talvez, um dia, eu o tenha; mas, hoje, eu não mereço esse amor que me dás. Eu não sou tão digna dele.
Mas eu sei que te amo. Um amor tranquilo e sincero, um amor que é o certo, o justo, e o ideal para poder-se pensar no futuro, para se levar à sério, como pessoas adultas que agora somos. Eu bem sei que o que me persegue é uma emoção que não posso controlar, uma ausência, uma melancolia... Que preciso vencer. Para poder ser tua, de fato e direito, e poder te dar mais do que simplesmente um corpo, uma parte contada do coração e meu tempo.
Eu retornei porque acreditava no que construímos juntos.
E eu quero continuar para que sejas feliz...

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