segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Faces.


Você pode até achar que sou meio louca, mas é desse jeitinho que eu sou. Mudo de face, como se mudasse a minha foto. Parece estranho? Bem sei eu! Mas, há coisas aqui dentro de mim que não tem mis jeito, ou escapatória. A mudança de faces é tal qual como a mudança de fases da Lua, só que numa escala (muitas vezes) BEM MENOR DE TEMPO, hahahahahahahaha.
A minha face (e isso é uma coisa que, sério mesmo, eu preciso aprender a mudar, urgentemente!) é um espelho extremamente fiel do meu coração. Tudo o que eu sentir está ali, tudo o que você quiser saber de mim ali está.
(Até mesmo pra saber se eu sou feinha, pra isso é batata!) – Desculpem-me, amores, mas eu tinha que dar aquela sacaneada para não deixar o troço muito sério!
Se eu aparento ser tão fácil de ler (facialmente falando), porque me chamam de ser complicado, enigmático?  Talvez, porque vocês (e isso não digo “todos”, mas boa parte!) não se preocupam em bater o olho diretamente em mim e buscar as respostas no fundo dos meus olhos. Sabe o doge de “Othello”, de Shakespeare? Aquele que gosta de todas as afirmações verbalizadas, escritas, assinadas e seladas? Pois é... Muitas das pessoas que me cercam buscam palavras que possam resumir meu estado de espírito; e é nas palavras que digo onde eu – que, para total contradição, consigo na forma escrita me revelar das mais trocentas formas – acabo encarnando o véu muçulmano do enigma, do mistério. As palavras faladas revelam muito, mas também não dizem nada; melhor não se focar nelas.
Quer realmente as respostas para mim? Me olha; é a forma mais simples e clara (tirando a minha janela, claro!) de me encontrar. Sou um livro abertíssimo, mas não basta apenas ler; tenha o letramento necessário, e você me entenderá.

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Será que você também aguenta esse aqui?

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