terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ainda, ainda, ainda...

Às vezes, percebo que estou querendo demais,
Ou querendo o que não posso ter.
Mas, Deus meu!
Tem dias em que é difícil não querer... Não pensar... Não chorar.

Ainda choro. Ainda me emociono.
Foi tudo muito forte para que a marca não estivesse ali.
E ainda ardesse, muito, muito, muito...
Mas, quem foi que escolheu que assim o fosse?
Quem prometeu que jamais mudaria isso?
Foram diversas opiniões,
Foram palavras que sangraram de mim, de feridas mal cuidadas, acalentadas no silêncio das noites,
Nas lembranças ali guardadas,
Dentro de mim...

Pois foi aqui dentro onde toda a história se forma,
Nesta nova garota que tu mesmo criastes em mim, mesmo sem querer.
E te quero ainda, mais do que nunca...
Mas, te enganas se quero os teus beijos, teus abraços, o teu corpo.
Eu só queria te olhar de novo.
E sentir que, no fundo do peito, tudo o que tenho aqui guardado vale a pena de se guardar.

Ainda que haja outros braços dispostos a me abraçar,
Que o amor que me dão seja o que está sempre por perto,
Que eu me sinta feliz por ter um ser amante comigo...
Preciso dizer que a chama do meu ser, a luz do Sol que tu mesmo fizestes brilhar, que a poesia ainda está no sentimento incessante que ainda sinto por ti.
Preciso dizer que te amo. E que é esse amor que ainda me move.

Independente de onde estejas, de como estejas, de com quem estejas; este coração se fechou em ti. Ele é teu, e somente teu, até o meu último suspiro... Ou até que o tempo faça adormecer essa paixão ainda lancinante.

Nunca menti quando disse que tu eras o homem que mais amei em toda a minha vida. Apenas minto quando digo que isso vai passar. Mas, eu te prometo meu amigo, esse amor será só meu. E nada nem ninguém poderão mudar isso...

Ainda chorarei ao ouvir um bolero de Luís Miguel. Ainda me lembrarei de ti quando eu ouvir minhas músicas – nossas, pois foste tu quem conduziu boa parte delas a mim -, e quando eu me pegar relembrando o passado, através de todos os subterfúgios que tenho ao meu alcance. Ainda sonharei contigo. Ainda serei capaz de dizer que te amo, mesmo que isso não possa mais ser dito em palavras, só em meus gestos.
Ainda olharei para a Lua e me perguntarei se, de onde estiveres, estarás a olhando. Ainda escreverei poesias que me remetam a ti. Ainda serás a alegria que não me deixa, mesmo quando a minha melancolia natural me abala. Ainda haverá a forte lembrança, em cada dia 27 e 28 de cada mês, como dias marcantes para mim. Ainda serás tu, e mais tu serás em meu pensamento.

Eu ainda serei tua, mesmo sendo de outros.
Pois tomastes a parte mais minha de todas as partes, a minha essência.
E até eu poder recuperá-la, ainda pagarei o preço de amar sem poder falar...

E adeus, meu amigo.
É escrevendo que posso, sim, chorar.
É escrevendo onde eu posso não mentir para ninguém.
É escrevendo que eu posso enfaixar as feridas e sair daqui com a mente mais calma, sendo capaz de me mascarar para meio mundo, mais uma vez. Mas, aqui, não posso mentir, não quero, não devo.
Já que, aqui, é aonde eu defendo a mim mesma.

Haverão muitos “ainda” em mim. Haverão muitas lágrimas, medos, confusões... Mas, um dia, meu peito se curará. Poderei respirar, e poderei me libertar dessa paixão. E apenas te amarei, com esse amor que nada exige.
Mas, enquanto eu estiver ainda apaixonada por ti, a contradição de ser e querer permanecerá.

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