segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Procura-se... O quê mesmo?



A gente passa a vida inteira procurando alguma coisa.
Como se apenas as coisas que procuramos tivessem algum sentido.
É o normal de cada um de nós, nos sentirmos incompletos e passarmos todos os segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos...Enfim, deixamos muita coisa passar porque queremos achar aquilo que há de nos completar, de nos fazer um ser inteiramente feliz.
Pois é... Muita coisa fica lá, pendente, e a gente ignora, pois o mais importante é se achar na coisa que queremos achar.

Mas às vezes, nem você mesmo sabe realmente o que é que tá procurando tanto por esta vida.

Sabe uma coisa estranha, para mim? Nos últimos tempos, tenho acreditado cada vez mais que a vida não é só o ato único de nascer e morrer. É mais nasceres e morreres que podemos pensar. Justificaria muita coisa que a gente faz durante nossos momentos na Terra. Tem gente que tem em si algo que desconhece, mas que sabe que precisa achar, para que seu papel neste palco da vida não seja só mais um figurante, uma simples e silenciosa ponta. É perfeitamente justificável isso. O que fazemos neste mundo, qual é o nosso papel? O que é que é realmente para a gente? Temos muitas dúvidas, e poucas respostas; e quando conseguimos responder algumas delas, vem mais um monte de perguntas para que também busquemos a solução. E não pense você que ajuda externa é fácil, não é mesmo! Vai atrás de tuas indagações sozinho, pois infelizmente (ou não) todo mundo vem com perguntas parecidas. Se já é difícil responder as próprias dúvidas, experimenta tentar a do próximo (ah, pimenta nos olhos dos outros é refresco? Deixa ela respingar em você, pra saber o que é bom!)

Procuramos muita coisa, buscamos muito, e muitas vezes, nem nos damos conta que o que queremos pode estar mais perto do que se imagina. Quando falo em perto, falo em opções possíveis, falo em algo que "temos" e que a gente não dá a menor bola. Falo numa pessoa que pode estar na sua lista de colegas ou conhecidos e talvez seja o cara que você idealiza tanto na vida, mas você procura esse ser em outras embalagens. Falo numa oportunidade que você nem presta atenção por ser algo "pequeno" e não quer ficar se matando por algo que talvez nem tenha futuro.
Tudo na vida é uma questão de risco. Uma questão de relatividade.
Tudo é relativo, Einstein já dizia. Hoje temos tudo, amanhã podemos nada ter. Correr simplesmente à procura, e não aproveitar o "tudo" que o hoje tem pra nós, é um desperdício constante. Amanhã, conseguindo (ou não) encontrar o que se procura, você vai olhar pra trás e se perguntar sobre tudo o que perdeu, todas as chances, pessoas e sonhos menores que você poderia ter conquistado. E aí, o que se faz?

Pois é, muitas vezes aprendemos que viver só em função do amanhã é um fator muito perigoso. Mas nem sempre é da gente. Somos forçados a viver pra isso. Pois somos o futuro, amanhã quem tá na frente somos nós... E daí? O que significará mais para a frente?

Eu procuro muita coisa. Mas aprendi que, muitas vezes, não terei o que procuro. Ou terei por pouco tempo, e terei de fazer com que esse tempo seja "eterno enquanto durar". A vida é isso, um verbo conjugado no presente, pretérito perfeito e futuro - só! Não há tempo pros pretéritos imperfeitos.
Olhar pro pertérito, pra não repetir erros no presente.
Viver o presente, para ter um pretérito perfeito no futuro.
Agir pro futuro, pois não sabemos o que virá amanhã.
Lição simples, tão direta e tão complicada!


Mas ainda estou na fase do "procura-se". Não nego. Mas desconfio que, em breve, posso estar achando parte do que procuro... Outra parte. Pois uma, eu já achei.
Mas, enquanto isso, vou cuidando do meu jardim... Pois as plantas não nascem ao acaso e nem florescem em terra instável e fraca.

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Será que você também aguenta esse aqui?

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