sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Por algum momento, acreditei piamente que Duanna tinha me sumido... Nada que escrevia poeticamente tinha sentido algum, havia uma estagnação desesperadora em tudo o que eu o que eu tentava poetizar.
Um bloqueio, enfim.
O que é estranho, pois eu sei que a inspiração cria asas em situações meio limites.
Mas hoje... Dia de muitas coisas estranhas, dia em que pude sentir e compreender muitas coisas, que talvez sejam os sinais que Deus tá me dando pra descobrir qual o papel desta moça no mundo; sento neste computador, e meus sentimentos retornam com força.
O amor e a saudade me fizeram escrever a poesia abaixo.


Poesia para um grande amor distante.

Se meus olhos estão distantes, é por pensar em você;
é apenas a saudade, não estou ficando louca.
Eu não consigo, não aprendi a te esquecer
- então não me peça para pensar em qualquer outra coisa;

A vida passa, e eu sigo mascarada com ela;
mas abaixo dela, você estará sempre bem guardado.
Um sentimento intenso, nada no mundo desmantela:
nada, nada mesmo, apagará tudo o que vivi ao seu lado...

Mas eu, em algum momento de cada dia,
perco o elo, me lembro, me ponho a chorar.
Não, o meu choro não é de mera e tola agonia,
mas de gratidão pelo amor que você conseguiu me dedicar.

Sim, meu amor... Eu sinto muito a sua falta.

Onde você estiver, ainda existo no seu pensamento?
Por outros caminhos, outras casas, outros braços;
há alguma parcela de mim que lhe possa ser alento,
que possa ser consolo e afeto como o mais forte dos abraços?

Onde você estiver, peço que guardes essa minha metade,
que deixei que, para além de mim, lhe acompanhasse
- pois é, este meio ser, minha melhor parte,
que será sua, independente de tudo o que se passe...

Pois, sem querer, roubei-lhe uma parte.

Pois onde eu estiver, você estará comigo.
O que está certo para mim, de nada tenho certeza;
mas sei que sua lembrança será meu leme e meu abrigo,
quando bater minha inevitável tristeza...

Onde eu estiver, um dia olharei para o infinito
e saberei que amei à um alguém mais que especial,
que merece cada riso, silêncio, choro, escrito
e que será eterno até o meu ponto final.

Comigo para sempre, o que quer que isso signifique.


Não espero elogios, ou lauréis por conta do que escrevi. Bem sei disso. Mas este é um manifesto, uma constatação de que, o que está se passando por mim, nestes últimos dias, não é um simples fogo de palha.

É (para a minha tremenda surpresa, para o abalo final a tudo o que eu outrora acreditava) eterno.
E durou tempo suficiente para não mais ser esquecido...

Obrigada, meu Deus! Obrigada! Trouxeste-me a jóia mais valiosa, o amor mais verdadeiro; mesmo que o tenha tido por poucos dias, que tenha me sido emprestado, e depois devolvido ao seu lugar, valeu cada momento em que pude ter, cada acontecimento, cada risada, cada verdade... Amor de verdade não tem preço! E foi mais do que amor: foi afeto, amizade, respeito, sinceridade, desejo, ternura, gargalhada, conectividade... Foi mais do que poderia sonhar em toda a minha vida!
Obrigada, do fundo do meu coração!

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