terça-feira, 3 de agosto de 2010



Tava devendo essa poesia faz MUITO tempo, então, já que passei aqui hoje...Nada mais justo que eu, finalmente, a coloque aqui!
^^
Duanneando, comme d'habitude!

Obscuridade humana

Obscura e fugaz- não posso ser estrelar,
pois não guardo comigo o brilho de anos-luz além de mim.
Sou poetisa-escuridão, ancestralidade à flor da pele;
sou o que não teve começo, mas terá um fim.

Não sou terra, nem o misterioso mar,
sou humanidade, na forma mais vulgar e inconstante...
talvez intensidade, doçura, rancores, ternura que alisa e fere;
mas apenas um corpo como tantos, de carne e sangue pulsante...

Humana sem atrativo, sem destino, sem razão...
...como caber nessa humanidade fútil e indiferente?
Ardo como brasa, me entrego na minha fogueira de parca vaidade;
vivo e morro em nome do que acredito verdadeiramente...

Sou carne e vísceras; que, um dia apodrecerão;
Sou sangue, que um dia parará de circular em meu interior...
Mas também sou idéia negra, sou identidade obscura pela cidade...
...e isso, com certeza, será o sinal da minha existência e do meu fervor...

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Será que você também aguenta esse aqui?

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