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UFPE - CAMPO DE BATALHA!
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"Invasão faz UFPE reforçar segurança
Publicado em 16.11.2007


Mais seis funcionários vão trabalhar em cada turno, haverá câmeras de monitoramento no câmpus e o Grupo Tático Operacional voltará a usar armas

A ocupação da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco por estudantes que protestavam contra a adesão da UFPE ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do governo federal, levou a instituição a reforçar a segurança no prédio. Desde ontem, a reitoria está sendo protegida por oito homens, em cada turno de 12 horas. “Trabalhávamos com duas pessoas por turno e colocamos mais seis”, diz o coordenador de segurança da universidade, Armando Nascimento. Além disso, haverá câmeras de monitoramento no câmpus e o Grupo Tático Operacional (GTO) da instituição voltará a usar armas.
Formado por 30 homens, o GTO faz a segurança no câmpus e terá reforço de pessoal até o fim deste ano. “Estamos treinando mais 44 funcionários, dos 338 lotados no setor de segurança. Se todos forem aprovados, passam a fazer parte do GTO”, informa Armando Nascimento. Eles participam de curso específico para segurança universitária, passarão por avaliação psicológica e terão aulas de tiro ao alvo, tudo com supervisão da Polícia Federal. A reitoria pretende comprar pistolas elétricas Taser, que disparam dardos paralisantes.

É o mesmo tipo de arma usada no Senado brasileiro e segundo o inspetor de segurança da UFPE, Paulo Silva, a descarga é controlável. “Levantamos preço e encaminhamos o pedido de autorização para uso do armamento ao Exército”, informa Armando Nascimento. A universidade também está renovando os registros de porte de arma na Polícia Federal, mas não há prazo para iniciar a segurança armada. Essa foi a primeira ocupação na UFPE, localizada na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, na qual os funcionários foram impedidos de entrar na reitoria.

Conforme Amaro Nascimento, dos 338 seguranças, 70% atuam como porteiros. O desvio de função impede o segurança de percorrer os centros acadêmicos. “Como porteiros, eles apenas controlam entrada e saída. Oitenta por certo das ocorrências registradas são furtos dentro dos centros”, observa. Para resolver o problema, a UFPE vai contratar empresas terceirizadas, em 2008, que passam a controlar as portarias, das 7h às 23h.

A UFPE espalhará 26 câmeras até o fim deste ano, com alcance de 360 graus. A central de operações, com sala de monitoramento 24 horas, funcionará na Avenida dos Reitores, principal do câmpus. Haverá, ainda, a aquisição de dois carros e seis motos. “Somos a primeira universidade do Brasil a adotar esse modelo de segurança.” Segundo Nascimento, o reforço vinha sendo discutido e a implantação foi antecipada."


Publicado pelo JCOnline -- http://jc.uol.com.br/jornal/2007/11/16/not_257921.php

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