quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Um dia, apenas um dia.

Era um dia, apenas um dia.
Mergulhamos em um lugar fantástico.
Adentramos em um rio, no qual a correnteza nos levava a lugares (e sensações) de alto calibre..
Eu estava ali; ele estava ali.
Impregnados de natureza e de vertigem.

Durante o dia, entre trilhas e beijos - cada um aumentando em intensidade.
E a voz dele: "Não é a hora".
Embora em cada contato sabíamos que não passaríamos de hoje.
Não podíamos perder a única chance.

Como o dia passou? Eu lembro
que as águas frias se acostumavam em minha pele,
que nunca senti meus sentidos mais vivos,
que nunca uma espera foi tão ansiada.

Foi um dia, apenas um dia.
E desceu a noite.
Um manto escuro de pontos brilhantes nos cobriu,
enquanto o chão era o nosso colchão.
Eu estava ali; ele estava ali.
Parados no tempo, em conexão.

Pink Floyd no ar, dúvidas, indagações,
medos, princípio de entregas.
Mais encontro de lábios, mais toques e mais exigências.
Neste round, nosso encontro fechou os olhos.
Pacífico mundo encontrei em seu ombro,
até a hora de nos recolhermos.

Ali, perdemos toda a censura,
esquecemos do resto do mundo.
Perdidos entre músicas, gemidos,
toques, carícias, tapas, pedidos,
nudez, pausas, e a duvida:
Como o tempo está passando tão rápido?
Como conseguimos vencer o tempo?

Em um princípio de um novo dia,
fomos vencidos pelo sono.
Em poucas horas, mais um dia
ressurgiria; mais um dia em que
seguiríamos o caminho pra realidade,
onde incorporamos nossas personas,
retomamos as nossas máscaras;
mas a conexão, ah! A conexão
sempre reaparece...



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