quinta-feira, 27 de junho de 2013

A realística da paixão feminina.


Nenhuma mulher se apaixona por um homem. Pode acreditar.
Quer dizer, não somente pelo espécime do sexo masculino que lhe surge à frente, por motivos diversos – mas que poderiam facilmente ser reduzidos a um clássico “do nada”. Há muito mais do que isso, para atrair uma mulher.
De cara, tem que haver a energia. A conexão. Se não fosse assim, já imaginou por quantos homens a mulher nutriria um anseio, um desejo? A tal da conexão é imediata, um insight que nos faz olhar mais atentamente para o objetivo (ou seria melhor falar em objeto? Melhor não, sem “coisificar” o ser humano que é melhor...) em questão. Claro que nem sempre é reconhecido no momento exato; mas, pode-se dizer que, na grande maioria dos casos, é assim que acontece – mesmo que já tenhamos passado mil vezes pelo mesmíssimo homem e nunca o tenhamos percebido. Admitam moças, é assim que acontece.
Pronto, é nessa parte que entra um novo fator: o momento... São os mais diversos, mas fundamentais na história: crise amorosa, falha (ou um up daqueles) na autoestima ou mesmo uma abertura espiritual em relação ao mundo – de forma que, positiva ou negativamente, deixa o “espaço preparado”, para a mulher se encontrar pronta (er... Por assim dizer, claro!) para uma nova paixão.
Isso haverá de ser tudo, de ser o estritamente necessário? Evidentemente que NÃO!
Ainda há um aspecto que eu, enquanto mulher, afirmo com uma certeza inabalável, uma segurança extrema: amamos o sentimento denominado “paixão”. E não falo somente das mulheres! Para tudo (ou quase) é necessária a paixão, para aguentar o tranco da vida – ainda que alguns não resistam à pressão. No entanto, pessoas apaixonadas geram as melhores coisas (desde que essa paixão seja levada de forma positiva e saudável). Ou diria resultados? Claro, nem sempre: há erros entre os acertos. Mas, vamos ser honestos, né? A paixão dá cor à vida.
Quando uma mulher se apaixona, ela muitas vezes acaba tornando isso como se fosse uma droga (pelo amor de Deus, feministas de plantão colocadas entre as minhas almas caridosas! Estou falando no geral e para o geral da vida!), na qual temos um êxtase maior, um certo tesão em existir. Viver sem paixão é perigoso. Nos tornamos niilistas, descrentes, meros bonecos de cera maleáveis. A paixão é necessária em qualquer ponto, em qualquer etapa da vida. Independente da idade, status sócio financeiro, coisas assim.
E a vida inclui a afetividade, queiramos ou não.
Encontrar O HOMEM (em maiúsculas, mesmo!), que nos encherá de quimeras e anseios de uma nova fase existencial – durando o tempo que for, dependerá do quanto a mulher estiver pronta para isso. A paixão, geralmente, é incontrolável e inevitável, na conjunção dos fatores acima citados... Aí sim temos o homem como figura – como a fusão das impressões almejadas por nós, mulheres. Cada uma tem a sua fusão, resultado de sua vivência individual. Assim, não surpreende em nada que “o cara” (eu sei, a expressão de Roberto Carlos é puramente ilustrativa, mas serve aos propósitos deste texto) de uma seja “o ó” de outra moça... Seria o que chamamos popularmente de “borogodó”.
É óbvio que, apesar de todos os prefixos “in” inerentes ao que descrevi a paixão, ela não tem o título de “interminável”: ela se vai, gradativamente... Quiçá levando ao amor, quiçá levando ao nada: depende da correspondência do homem (e vamos confessar que, nem sempre, né?), da conjuntura da possível relação e também da visão humanamente mutante de cada um dos envolvidos (pra ninguém me encher o saco achando que estou falando que só a mulher é dada à instabilidade!). Mas, pelo menos no que tange à mulher, o homem por si só não é a síntese da situação enamorada em que ela será inserida.
Então, que me desculpem os homens, mas eu digo: vocês não são a única coisa que leva a mulher a se apaixonar, perdida ou conscientemente. Se não houver nada disso que eu passei o mó tempo refletindo, é capaz que vocês passem pela vida feminina sem ao menos despertar um suspiro deliciado. Mas, tenham certeza: quando conseguem despertar a paixão de uma mulher, terão nela um espelho, onde todas as suas virtudes (mesmo que ela conheça – e como conheça! Os seus defeitos...) serão refletidas.
Aliás, a mulher também será assim aos olhos de um homem apaixonado. Mas, nesse caso, não cabe a mim falar, né? Quem sabe um homem poderia escrever sobre isso...

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