"Vem!", você me diz, sorrindo como se todas as estrelas do mundo estivessem se unificado em seu sorriso, os braços abertos como se fossem abraçar o mundo. Eu sei, estou sonhando e, quando eu acordar, nada mais existirá senão eu, em meu quarto, com o Sol em minha face anunciando a solidão existencial e real. Mas, não posso resistir. Eu ainda sonho, não é?
"Vem!". Sim, garota, venha! E eu vou. Abraço-me ao seu corpo como se nada mais existisse ao meu redor. E, na verdade, nada existe senão você.
E suas asas se abrem, brancas e imensas asas de anjo.
No meu pasmo, agarro-me ainda mais em ti.
E voamos. Voamos juntos. Vamos ao mais longe dos locais, alcançamos as estrelas, dançamos no luar, vemos o Sol nascer juntos. Voamos como se a vida fosse um voo sem escalas, sem receios, sem pesar ou empecilhos.
E, ainda que seja na minha imaginação inveterada, eu ainda te vejo assim. Ainda vejo a nós simplesmente desta forma: voando.
"Tropeçavas nos astros, desastrado;
mas, pra mim, foste a estrela entre as estrelas..."
(Caetano Veloso - Livro)
(Não, não teve direcionamento lógico. Eu apenas deixei as palavras voarem...)
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