segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Eu e ele somos amigos.
Sabe aquela pessoa que tão por perto,
mas você só a acha na hora certa?
Pronto, eis aí um desses!

Conheci-o na parada do ônibus,
em plena Maranguape 1.
Ele estava no mesmo curso que eu,
na mesma faculdade
- e estávamos no segundo dia de aula!
Ele morava na mesma rua que eu,
só que em prédios diferentes.
Poderia haver coincidência maior?

No mesmo dia, ele testemunhou a minha primeira ida ao Bar do Bigode,
o primeiro bêbado chato dando em cima de mim, os primeiros registros olfativos da cachaça e da maconha.
E, ele também foi, dali por diante
(e tenho certeza que ele sabe disso!)
Quem mais presenciou a transição da menina evangélica e caseira que eu era,
para este ser bandoleiro que hoje eu me tornei.
O primeiro beijo,
primeira calourada,
Recife Antigo,
DAHIS,
viagem,
Encontro de História,
festas em M1
(onde vivi muito tempo e nunca achei graça)
...

Ele foi o meu "painho",
a figura louca e conselheira,
que não conquistou só a mim, mas a todos em minha casa,
e que não posso deixar longe, nem se eu quisesse.

Ainda o visito - vez ou outra
(até porque agora ele mora em meu prédio).
Me preocupo demais com esse senhor meio menino,
e repito sempre que o amo.
E muito!

Ele diz que eu sou uma menina cheia de enigmas,
e muito louquinha também.
Mas que me ama e cuida de mim, quando é preciso.

Eu nem preciso dizer nada:
é meu segundo pai nesta vida.

E ele nem precisa mais me chamar:
todo dia 04 de novembro, eu me lembrarei do aniversário dele.
Se tiver festa, eu estarei lá.
E virarei a noite, meus pais já estão bem cientes disso.

Um amigo, um "velhinho".



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