sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Apenas escrevo...


Sexta-feira, um dia de Sol.
Me preocupo com as dores de um amor.
Não somente o meu.
Me inquieto com uma possibilidade.
Me calo para quem me busca por SMS.
Me importo com a doença da minha velha.
Começo a sentir os sinais de uma gripe.
Me sinto cansada.
Frágil. 
Apesar disso, incapaz de chorar.
Sem querer mais pensar,
Sem querer mais sentir.
Apenas escrevo...

Me permito usar de músicas, jogos crackeados, roupas para estender, comida pra fazer pra adiar essas palavras.
Me permito até assistir o último capítulo de uma novela que já assisti.
Tudo para tentar não escrever.

Escrever é me revelar. É a corda no pescoço, são as labaredas que avançam contra mim, uma herege condenada.

E eu ardo. Não fujo.
Nem sempre escrevo coisas bonitas.
Tenho muito a dar, ainda.
Uns bons conselhos, umas broncas, umas dicas.
Mas...
Eu mesma não sei o que faço daqui a cinco minutos ( o futuro do próximo é sempre mais previsível do que o nosso, né)
Que dirá mais para a frente.

Apenas escrevo...
Me mato e me curo,
Me jogo nas chamas e me renovo.
Me faço voar até o Sol, e deixo as minhas asas de cera se derreterem, e caio.

O Céu e o Inferno se fundem, e eu apenas escrevo...

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