quarta-feira, 6 de outubro de 2010



Não pus título, e nem quero colocar, por enquanto.
O surto foi ainda agorinha, e quero postar antes de me arrepnder.
=)


Altero o meu ser a cada dia:
Ontem, sonhar por ti não mais me satisfazia;
hoje, consinto em amar-te apenas pelo prazer de amar;
amanhã, deixarei que esse amor torne a me guiar.
Sou contraditória, e não posso esconder!
A saudade me devora, preciso e quero te esquecer,
mas as lembranças de ti ainda me dão esperança
de rever o teu sorriso, tão maduro e tão criança
- ainda que seja de muito distante.
Tenho percorrido outros caminhos, tenho sido inconstante;
procuro atalhos para me ver longe da tua saudade.
Mas é quando me percebo imersa em minha soledade,
que me tocas a alma, mais uma vez.
Enquanto passa o segundo, a hora, o dia, o mês;
enquanto tudo passa, permanece a minha alma
entregue, vencida, à mercê da tua palma
- e faça o que bem entenderes dela!
Desabo, me perco, jogo insanidades da minha janela,
da janela que eu abri pro resto do mundo...
Mas, lá por dentro, no meu eu mais profundo,
é te amando que consigo olhar para a frente.
Posso renunciar à esperança de te reencontrar,
mas não consigo deixar de te adorar.
Posso calar a felicidade de todo o meu ser,
mas não sei se haverá uma forma de não mais te querer.
Posso criar subterfúrgios para poder enfim seguir,
mas tu serás boa parte do meu hesitante sorrir.
Posso dizer que não quero mais todo este sofrimento,
que é não te ter, e ter todo este sentimento;
posso dizer que deixar entregar-me foi errado;
posso te culpar por tudo ter assim acabado;
enfim, posso palavras para na vida, poder disfarçar...
Mas ainda tenho uma alma que haverá de te amar.
 

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