quinta-feira, 3 de junho de 2010

Triste...


Ando com uma tristeza sem a menor explicação. Sem a menor noção do quando e do porquê que está acontecendo isso.
Ando querendo sumir deste mundo, desaparecer num rabo de cometa...Não quero mais ficar por aqui. Não vejo mais motivos para neste planeta estar.

Tá...uma tristeza de emo.
Às vezes, percebo que é muito mais fácil se criticar um alguém que possua um grande emocional, rotulá-lo, do que simplesmente deixar-se sentir alguma coisa, algum tipo de sentimento. É muito mais difícil deixar que a sua tristeza seja vívida, do que colocar máscaras para enganar o mundo.
Não preciso enganar ninguém...Sou sincera.
E se sou sincera na alegria, por quê não quando estou triste?

Tá...sem razão aparente.
Depende...quem está dentro de mim, para saber?
Sei aonde é que o calo aperta. Ninguém é triste sem motivo. A explicação de como eu caí tanto, é o debate, não o que monta a minha melancolia. Os tijolos, eu bem conheço...Mas como eu entrei ali, a razão de estar me refugiando nesse castelo frio e solitário, essa é a minha dúvida, esse é o meu tormento interior.

Sabe...às vezes, estar escondida neste castelo é a coisa mais sensata que eu posso fazer. Me faz enxergar melhor tudo o que se passa por fora dos muros.
Me faz pensar...me faz chorar (sim, pois chorar ainda pode ser uma coisa boa)
Me faz me recordar...me faz tomar decisões importantes.

Mas também é o momento em que eu mais me sinto sozinha, e, ao mesmo tempo, em que eu mais imponho a minha máscara de isolamento. Não quero que ninguém sofra comigo, "eu tenho a minha dor...é minha só, não é de mais ninguém". Ser transparente já é terrível, e ficar sempre dizendo o que não precisa ser dito, irrita, magoa, e incomoda a quem não deve nada conosco. Prefiro mil vezes chorar sozinha do que dividir minhas angústias, quando me refugio em meu castelo interior.

Queria estar sorrindo, juro! Queria um abraço. Queria não me sentir tão sozinha.
Queria algo que nem eu mesma sei se é isso mesmo o que eu quero. Queria uma certeza de alguma coisa.
Pois é isso que eu sei que eu não tenho (e nunca terei em vida): CERTEZA.

Enquanto isso, me refugio em meu castelo, sozinha e obscura.
Nem os fantasmas estão a me assombrar...E não há mais muro para me proteger.


Tenho que enfrentar essa dor, a primeira desde que o muro caiu de vez.

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

Será que você também aguenta esse aqui?

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