Mundo público, universos particulares.

Te querer...(um poema em 2ª conjugação)

Te querer,
e não te prender,
e não me temer,
e o mal não acontecer.
Te envolver
e não te corromper,
e não te fazer sofrer
para não me fazer sofrer.
Te querer,
é te agradacer
por em minha vida comparecer
e por fazê-la renascer...
Te querer
é lutar pra compreender
que tenho que paciente ser
(ou então teimosia ter),
pois custará o tempo a correr
e o nosso encontro enfim ocorrer.
Me fizestes viver,
minha chama está novamente a arder;
como posso não querer
a força que me fez acender,
o ser que conseguiu esquecer
os problemas do meu cotidiano viver?
Sim, eu vou viver...
posso outras pessoas ter,
podes a outros também se perder;
mas, na alma hei de manter
a esperança, a última a morrer,
de que um dia, eu vou te ver
e minhas palavras, atos hão de ser.
Até lá, o pouco que posso ter,
é o tudo que quero manter.
Pois o que faz o meu mundo se mover
é a força de todo o meu querer...

...simplesmente, te querer.
Sem prender,
sem corromper,
sem temer,
sem morrer...