sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A boca.

Ela quis o mundo,
no contato da sua boca.
Era ela tachada de louca
pelo tanto que carregava,
e o prazer que proclamava
como dever mais profundo.

Ela cobriu o seu olhar,
para não ver o descrédito
de quem apenas é súdito
dos que são conservadores.
E não quer ver blasfemadores
a maldizer seu caminhar...

Somente a boca, rubra e muda,
sobra aos olhos dessa gente.
E segue ela, tão intransigente,
a ansiar por ósculos e paixões,
a avassalar incrédulos corações
Com sua filosofia (e nada mais) desnuda...

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