quarta-feira, 3 de julho de 2013

03 de julho de 2013.

(Parece que está ficando hábito, este dia merecer uma postagem no blog.
Mas, tudo bem.
Fica a dedicatória muda, porque não vou ser besta de divulgar isso...)

Acordei às quatro da manhã. Mesmo estando de férias do trabalho, esqueço sempre o alarme ligado. Pura leseira.
Mas, dessa vez, acordei. Estava em uma insônia ansiosa.
Nenhuma novidade.
A primeira coisa que fiz foi pegar o celular e dar uma olhada. Houve uma curtida em um comentário que fiz: um vídeo de "Dançando na Chuva". Um desejo imenso de ter feito uma coisa dessa ontem, em meio ao tédio do "encastelamento" que a greve de ônibus tem me dado; mas tinha preocupações maiores - como a de ver se tinha aula. E o aborrecimento, misturado à identificação que tenho em relação à esta greve (o lado militante nunca morre...), preencheu os dias. Só consegui preenchê-lo com músicas e conversas com amigos no Facebook.
Na verdade, desabafos, em seu geral.
Houve um comentário em um trecho de "Olhai os Lírios do Campo", que achei interessante botar na ocasião.
Todas elas da mesma pessoa.
A mesma que era o causador da minha insônia.

Na verdade, o que me causava o nervoso era que eu estava para fazer uma coisa incerta: era o seu aniversário. Ligar ou fazer como ele fizera no meu, mandar alguma coisa na rede social? Pedi o conselho à minha irmã, ela me incentivou a ligar. Considerei a ideia: ele havia, apesar do aniversário, me ligado pelo menos três vezes neste ano (sem contar a do Natal, na qual estava na casa do meu pai e não teria nem como receber, ou saber, se ele não tivesse me contado). Nossa situação não era tão tensa como a do ano passado. Além disso, me lembrei que ele só usou mais o Face por ser meu meio favorito, e por saber que eu não ia pirar por isso - e eu não pirei. É impressionante como ele consegue me derrubar as fúrias, as contrariedades em relação a ele. Mas, sempre foi assim.
Há anos, na verdade.

Enrolei um pouco, matei hora lavando pratos acumulados na pia. Ouvindo mp4. Foi quando lembrei: DROGA! Não tenho o fixo dele. Como faz? Lembrei que havia botado em uma conversa com um amigo em comum, mas fazia muuuuuuuuuuuuuuuuuito tempo (dois anos, na verdade) e minha internet não está tão rápida para ter o contento de uma resposta que acalmasse a ansiedade. E ele estava online, mas quem disse que eu ia mandar inbox só pra perguntar telefone?
Perdi a paciência. Liguei pra ele, do celular.

A primeira impressão, pela voz tensa, é que ele não aceitou bem a ligação. Primeira oração presente na mente: FIZ MERDA. Foi quando ele me pediu para ligar para a casa dele. Admiti que tinha perdido, ele me repassou. (agora, eu salvei no celular. Bom me lembrar de colocar em uma agenda escrita, pra qualquer crise. Confio demais em tecnologia, mas elas falham.).
Liguei algumas vezes: ocupado? Às seis da manhã? Será que tiveram a mesma ideia que eu? Minha mente, sempre adiantada.
Foi quando deu o estalo de mudar o prefixo da operadora. Deu certo: som de chamada. Fui atendida no primeiro toque.

Óbvio que era ele.
E, como sempre, conversamos. Como outrora. Vários pontos no mesmo tema: uma visão metafísica da vida, antes do essencial. Rimos. Brincamos. E, na hora de falar, fiz uma viagem louca. Não sei nem bem o que falei. Mas acho que passei meu recado, sem cair nas palavras prontas de aniversário.
ACHO.
Um tempo de telefone - mãinha vai me matar mais tarde, tou só vendo.
Mas, uma coisa ficou de tudo...
"vamos ter muita conversa quando você chegar."
ARMARIA!
Tentei disfarçar, ainda tirei onda para que ele não ficasse irritado se eu chegasse e apagasse de cansaço, como da última vez. Disse ele que não vai, que não está tão mal-humorado.
Será?
Bem, só posso esperar.

A ligação acaba. Volto ao Face. Dessa vez, com uma sensação de felicidade imensa. Escrevi umas coisas inspiradas. Pus uma citação de Kafka (130º aniversário, ele mais que merece!). A energia positiva, apesar das broncas (mais um dia de greve, mais um dia sem aulas), me fez ter um sorriso bobo na cara, ouvir músicas inspiradíssimas.
E a sensação de felicidade não acabou.
Lembrei-me da primeira ligação que fiz para ele, em uma noite de fevereiro. Tantas lembranças! E me lembrei de algo que, depois, tinha colocado no Orkut (veeeeeeeeeeeeeeeeelhos tempos!). Foi o seguinte - e dessa forma, termino esta postagem:

"Faça a coisa certa e ficarás bem; faça a coisa INCERTA e serás ainda mais feliz!"

(nada a declarar, além disso.)

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