segunda-feira, 30 de abril de 2012

A minha arma.



Carrego uma arma sempre junto a mim.
Uma arma que não sangra, ao menos não literalmente.
Mas, reproduz outra hemorragia. A de palavras e sentimentos.
A de profundas divagações.
Reproduz o que eu não sei, não consigo falar.
É a minha forma particular de auto-denúncia.
É o grilhão que me escraviza a uma paixão maior que eu.
Maior do que qualquer ser que tenha tocado o meu coração.
Do que qualquer utopia, ilusão, sonho...
Não, sonho não!
Pois um dos meus sonhos está intrínseco à este objeto, que fere a alguns e eleva a tantos, quando está em minhas mãos.
Que parece não querer fugir dos meus dedos.
Mesmo quando parece me faltar motivo para usá-la.
Mesmo quando eu tento evitar.
Mas, ela está sempre comigo. E, em algum momento não obrigatório da minha vida, eu a uso.
Extasiada, acorrentada pela necessidade de nascer e morrer nesta vontade.
Neste vício, nesta insanidade...

A insanidade de escrever.

Nenhum comentário:

Será que você também aguenta esse aqui?

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...