segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Ser livre para amar.


Eu não consigo conceber o amor como fácil.
Porque não o é.
Amar é fácil quando tudo se fundamenta em sonhos, em quimeras, em ilusões.
Amar é fácil quando não passa de uma paixão.

Me diga, minha alma caridosa, aqui leitora de mais um absurdo da minha mente: QUANTAS VEZES VOCÊ DISSE "EU TE AMO" E SE ARREPENDEU DEPOIS?
Eu sou sincera: eu já me arrependi. Faz tempo... Mas, aprender com os erros também é parte da nossa missão aqui no mundo.

Hoje, não sei se me arrependo de dizer "eu te amo" a quem eu realmente sinto amor.
Tá, eu não digo... Muitas vezes por não se expor.
E porque amor não é só uma frase, não está restrito a isso... Tem tantas formas de se amar uma pessoa, que a frase é um lugar-comum, é um protocolo que até pode ser dispensável.

Amar, na verdade, é não ter ilusões.
É amar, mesmo sabendo que o ser amado pode não sentir o mesmo.
É amar, ciente de todas as barreiras e entraves.
É amar, deixando fluir o que se sente de alguma forma, e saber que um dia esse sentimento pode se tornar história para se contar aos filhos, aos netos ou até a um desconhecido num banco de praça (coisa mais Forrest Gump, não?)
É amar, mandando pro espaço cada questão.
É querer bem sem ter ilusões.

Esse tipo de amor, é o mais complicado.
No entanto, é o mais livre.

Quando o mundo há de apreender esta lição?

Não quer dizer que toda a crueldade é perdoável. Óbvio.

Eu, hoje amando, sei que sou muito mais livre com a minha forma torta de amar, do que aqueles que ainda sonham com castelinhos de areia do romance ideal...

Na verdade, não existe o ideal. Existe o real.
E, saibam: a realidade pode ser livre. Basta entender: você pode amar, sem quimeras.

É mais sincero um "eu te amo" que não pode ser respondido, que um retorno momentâneo.


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Será que você também aguenta esse aqui?

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