terça-feira, 18 de setembro de 2012

Algo. Desabafo. Amor.

Não, eu não sei: algo me move a escrever sobre você. Todos os dias, todas as horas - graças ao Pai que não em horas impróprias... Mas, escrever se tornou necessidade. Você se tornou assunto. Mas, desses assuntos que não se assumem, que não se declaram ao mundo.
Porque, tem algo aqui no peito que me dá saudade. E, se bem tratado, se sente feliz pelas coisas mais simples que acontecem entre nós.
Um toque de mão, um sorriso, um abraço... Uma palavra.
Um "Amo", em resposta à pergunta clássica de toda mulher. E, parece estranho... Eu ainda acredito em você, como não consigo mais acreditar em ninguém.
Eu tento me acostumar com sua facilidade em sair da alegria de estarmos juntos e entrar no modo "político". Não é fácil - eu preciso admitir que tenho aberto ciúme. SIM, EU TENHO CIÚME DE VOCÊ! Tenha medo...
Afinal, mesmo em situações mais hipotéticas -que nem vale mais a pena aqui especificar, é passado- o ciúme era o menor dos meus problemas. Sempre foi a minha insegurança acerca dos sentimentos alheios. Não me é normal ter ciúme nem de uma pessoa sequer... Não digo que nunca rolou, mas peraí... Não desse jeito.
E meu ciúme se justifica por me sentir em outro plano. Sua mania virginiana de botar tudo organizadinho... Meia na gaveta de meias, camisas no lado das camisas separado no guarda-roupa. Amor de um lado, política do outro. E a praticidade, a objetividade, e um pouco de idealismo, te levam mais para o lado de lá. Eu tento entender, mas ainda machuca... Em especial, quando me sinto sozinha.
É, sou uma desorganizada. Mas é a mistureba de tudo que me faz ser melhor. Embora cada espaço seja meu e tem seu lugar, é o conjunto de tudo que me faz feliz ou não.
Queria entender isso em você.
Mas, ao mesmo tempo, os pequenos gestos me ensinam que você me ama. Da sua forma.
Já entendi que não se pode mudar quem é; só queria que você também entendesse.
Não vamos nos exigir tanto. Não dessa vez?

Exijamos, caso necessário.
Caso pensemos no futuro. Caso eu me inclua no seu e você no meu.
Mas, sobre eu, sobre você? O que podemos mudar?
Sou capaz de vencer-lhe com meu ciúme?
É capaz de subjugar-me com sua racionalidade?
Todos os nossos "pontos discordantes" podem ser eliminados, depois de 26 anos - cada um carregando seu fardinho?

O amor não é tudo, concordo com você.
Mas, sem ele, adianta continuarmos?

Eu te amo. Você me ama.
Eu errei. Você errou.
Queremos acertar. Só mais um pouco.

É a segunda via de espera da minha vida. Sou forte, vou tentar até o fim.

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