sábado, 7 de julho de 2012

Um parabéns muito atrasado, que não será lido.

Dia 03 de julho, em meio á uma vidinha semi-atribulada (quem falou aí que férias e greve na Universidade juntas significam descanso? Levante a mão e ganha um cascudo!), lembrei de você, minha cara "alma idêntica", meu caro igual. Lembrei que, neste dia tão igual aos demais, era o seu aniversário. E me detive a pensar em você, que sumiu de minha vida. Não sei se sumiu por opção própria (já que você sabe como ninguém meu apreço -ou mesmo vício- em redes sociais), ou por acidente. Sinalizei sua volta e você não voltou. É, só me resta me conformar, né?
Pensei em ligar, mas DDD tá caro e a vida financeira está começando a ser controlada agora. Fiz cartões de crédito, mas o limite é curto e quero aprender a ser controlada nesse campo da economia (que bateu de frente comigo assim que entrei em História e que algumas lições levo para outras esferas da vida). E aqui em casa, não estava muito a fim de criar guerrinhas por isso. Além disso, bateu um medo... De que eu tivesse que bater na sua sinceridade tão palpável. Porque, é claro, eu ia fazer a pergunta inevitável:
"Por que você sumiu, garoto?"
Sinto falta das risadas que eu dava. Lembro-me da sua pergunta, numa noite de aniversário, numa ligação que muito me fez bem: "Como eu te conquistei?". A resposta foi rápida: "Porque você me faz rir.". Sim, o riso. Eu sou dependente de risos, como sou dependente de amor. Ou, como você mesmo me disse uma vez, "sou dependente de quem me ama". Não só de risos, de amor, mas também de músicas. E era engraçado como você sempre acertava o alvo, mesmo quando a música não me era dirigida.
Sinto falta de tantas coisas, e hoje (er... não bem hoje, mas o correr do tempo) me trouxe a descoberta de que te amei, te amo. Mas, agora, é um amor certo. De um igual, de um amigo.
Dói ter te perdido pelo meu caminho.
Não importam os motivos, aqui não é para eu lamentar a dor passada - como diria Shakespeare, "é caminho certo para atrair nova desgraça". Creio que fui roubada, mas vou sorrir, pois sou crente de que ainda roubarei alguma coisa desse ladrão que é a vida.
O que importa, aqui e agora, é que hoje sei que te amo. Não com o desejo, a angústia, a dor que acompanhava o "eu te amo", em tantas postagens aqui presentes, dirigidas a ti. Esse amor se cristalizou, enfim. Como um diamante. Nada que nós façamos arranhará este amor, não o quebrará. "Nem o maior dos meus erros, teus erros, remorsos, o farão sumir", diz um Caetano Veloso por aí (é, continuo com a mania de citar músicas em cartas, nunca vou me emendar...). Nunca me arrependi de você. Mas, vou vivendo. Porque o amor deve ser parte que me dá um sorriso, um estímulo para se seguir em frente. Não pra ficar parado na cerca, olhar pra trás, e ficar no dilema de pular e voltar correndo ao passado. Isso não existe, isso não é a vida.
Se a teoria é estranha, posso justificar que as palavras se equilibram com os fatos. Pois não foram minhas palavras e de amigos que te tiraram da tristeza? Não foram as suas palavras, repetidas das minhas, que me
ajudaram a enfrentar a tempestade e que, juntamente com a dos amigos, familiares e tal, me tiraram da dor? Eu não posso esquecer. Lembro mais disso do que da nossa aventura em comum.
Porque não foi 7 dias em um "retiro romântico" que estabeleceram meus sentimentos. Não. Sinto muito dizer isto hoje, mas aquilo era uma cereja (e eu não curto cerejas) no sorvete, no delicioso gelado que satisfez o corpo e a alma acaloradas. Fomos muito mais que isso.
Você foi  (e é, não importa-me a situação atual) quem me ensinou a ser mais do que eu era antes. O brilho do Sol (o apelido que você me deu e que eu agreguei com tanta facilidade, se espelhando até mesmo em alguns amigos - estabelecendo a "confusão astral", que minha irmã doce citou uma vez.) não se apagou. A função dele também não. Mesmo quando me escondi em nuvens e chorei através delas. Não posso esquecer que, graças a você, eu me descobri.
Mais importante que 7 dias, foram 7 meses. E neles, eu me achei.
Se não fosse você, não saberia lutar pelo que quero, pelo que eu amo. Se hoje, estou na luta por quem amo, devo isso à você - se venci, ainda que por pouco tempo, a luta de conquistar alguém em uma tela de PC, alguns telefonemas, antes do encontro ao vivo; não foi sozinha que venci. E não importa quanto tempo durou. A autoconfiança que dali surgiu eu uso hoje.
A paixão, aquela coisa toda que eu remetia a você, me apertava em você, seguiu com o tempo. E não lamento. Sobrou um amor que eu sempre sentirei, por alguém que mudou a minha vida desde o começo. Um amor por alguém que poderia ser chamado de namorado, se eu acreditasse que "namoro virtual" fosse real mesmo. Mas que não gosto de chamar de pega, ou de affair. É tão pequeno, a se comparar com que fomos, juntos! Não gosto de te definir em minha vida. Você foi a coisa mais certa, em meios incertos, mas na hora certa. Não tenho medo de reconhecer isso aqui, porque sempre foi a verdade.
SEMPRE.
Se não posso chegar a ti, por medo ou impossibilidade, posto aqui mesmo!
É meu jeitim!

Meu amigo, meu igual, minha outrora paixão avassaladora, meu caríssimo, meu carioca nada modesto, meu irmão... Seja feliz. Receba neste texto de parabéns atrasado meus votos de felicidade, sucesso. Desejo-te tudo de maravilhoso nesta tua caminhada pela Justiça, seja a no curso de Direito ou na própria vida. Que você ache alguém a quem amar, a quem possa dedicar esse romantismo que você exala tão forte em si - e que aprenda que amar é mais do que alguns meses, é para muito, muito tempo. Não tenha mais medo de amar, e seguir amando. Não seja tão durão, porque as pessoas duras guardam em si muita coisa por dentro. Continue dançando, pois és lindo quando danças, és perfeito. Continue fazendo graça, isso só realça seu charme tão... carioca.
Continue sendo bairrista, porque sua paixão pelo Rio contagia.
Continue vendo filmes, és um crítico excepcional.
Continue amando o Botafogo, e sendo seu torcedor mais fervoroso.
Continue vendo shows que me matarão de inveja, continue se gabando disso. Apesar de parecer pedante, nunca o fazes só para ferir. É seu entusiasmo que justifica tudo.
Enfim, seja sempre esta criatura fascinante, complexa, sincera e sempre apaixonada que és.

Seja feliz, sempre... Estrelinha!
E muito obrigada por ter vivido tanto tempo em minha vida... Um dia desses, a gente se vê!

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Será que você também aguenta esse aqui?

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