quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Enfim, retornando!
(Não, este ainda está sem dia definido: Duanna não trabalha com prazos, hahahahaha)
Então... Hoje estou desenterrando uma poesia antiga, se não me engano, de 2008. Bons anos em que eu estava recitando na Quinta Poética da UNICAP (eu tive essa coragem? Nussa... hahahahaha!)
E, como estou a fim de colocar tudo em web, vamos nós:

Luar Embriagante.

 Vesti meu vestido negro, e ganhei a rua,
como se quisesse fluir, como flui a luz da Lua
na mente inquieta dos poetas embriagados.
O Céu sem nuvens acolhe-me num mando de ilusão,
guia os passos cadenciados no bater do meu coração
e me revela sentimentos há muito abnegados...

Calcei as sandálias de prata, ricas na delicadeza,
e caminhei contornando as pedras da minha incerteza,
com a Lua caprichosa logo acima a reluzir
mais do que as figurantes estrelas que me brilham o olhar.
Os delicados saltos fincam sua prata na beira do mar,
contemplando dois pés descalços a lhes fugir...

Do coque, solto os abelos de tom noturno;
do mar me aproximo, peito acelerado e passo soturno,
alma perdida do mundo e em pensamento...
E meu corpo, à luz da Lua, é iluminado;
e o traje de negro cetim jaz na areia abandonado,
como testemunha (in)feliz do meu alumbramento...

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Será que você também aguenta esse aqui?

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