sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Fagner - Ave Noturna (1975)







(Pela primeiríssima vez - vcs tão percebendo que, ultimamente, eu tou com muitas PRIMEIRA VEZ neste blog? A indicação de um blog, dia desses, começou tudo...Vamos ver se isso permanece ou se é só ímpetos de uma garotinha em ansiedadeeneísticamodeonzão! - eu estou fazendo a resenha e divulgação de um dos meus discos favoritos. Sacando que, é a primeiríssima vez da mocinha aqui, então compreendam que vou colocar as coisinhas que EU AMO, falando do que EU AMO em cada disco, etc. etc... Claro que a prática levará a perfeição, então... mas espero que gostem desde já! )


Não vou encher muita linguiça, não. Todo mundo sabe que Raimundo Fagner é um dos cantores mais significativos da MPB. Figura forte e polêmica, não mede palavras. Dono de uma voz marcante, romântico ao extremo, suas músicas transcedem a barreira do tempo e continuam atuais aos olhos de muitos amantes aí afora. 
"Ave Noturna" é o seu segundo disco. Um disco de tintas sombrias, por assim dizer. É só olhar a capa: diferentemente do primeiro, o "Manera Frufru Manera", em que a capa consistia em imagens em tons alegres, este disco aparece em um tom cinzento, com um Fagner na penumbra, como se estivesse encarando um quadrado branco. Como uma janela iluminada, quem sabe?
Quanto às músicas, bem... São as seguintes faixas: Fracassos (Raimundo Fagner), elegia romântico-depressiva de um amor que se acabou; Riacho do Navio (adaptação de um xote de Luiz Gonzaga e Zé Dantas), como diz o site de Fagner,"é um trabalho feito para mostrar que o povo não precisa de mil sintetizadores e instrumentos para existir, pode ser feito mesmo com sanfona e percussão", um formato simples e prático - na minha opinião, a versão mais original desta; Antônio Conselheiro (adaptação do folclore),um forró com inspiração foclórica (tá, isso tá dizendo na informação, dãããã...); Estrada de Santana (Petrúcio Maia/Brandão), uma doce e melancólica seresta; O Astro Vagabundo (Fagner/Fausto Nilo), "é uma lenda antiga que ganhou um tom barroco e ao mesmo tempo clássico"; Última Mentira (Fagner/Capinan) e Retrato Marrom (Rodger Rogério/Fausto Nilo), músicas lindas e misteriosas; Ave Noturna (Fagner/Cacá Diegues), "um trecho da trilha de Joana Francesa"; Beco dos Baleiros - Papéis de Chocolate (Petrúcio Maia/Brandão) "aquele negócio nordestino de cantar na calçada" - vale salientar que esta última foi a primeira música de novela de Fagner, na extinta TV Tupi (Ovelha Negra, de Walter Negrão, 1975).

"Ave Noturna", para mim, é um disco que deve ser ouvido quando você está tristonho, tomando uma taça de vinho, deixando-se perder nos acordes e na voz do cantor. Não recomendado pra se ouvir à dois, nem pra conquistar seu ninguém. É um disco confessional, pra quem tá precisando de um desabafo solitário, uma catarse.

Um dos seus melhores discos, se não o melhor!
=)


(p.s - Na ficha técnica, há um certo "Lulu dos Santos" participando na colaboração do disco...)


Link para download: http://www.4shared.com/get/opOq0Gtm/FAGNER_AVE_NOTURNA_1975.html

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