sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um ponto de interrogação...Eu.


Uma pergunta. Um mistério.
Uma Lua repleta de fases e cores.
Sou uma experi~encia, um composto de altíssimas doses de sentimentos, incolclusões, teorias, práticas, sonhos, delírios, surrealidades, pensares... Uma fórmula instável, em constante metamorfose. Uma obra pública, inacabada e atemporal.
Poderia ter nascido em qualquer lugar ou época. E continuaria sendo uma gauche na vida.

Ser gauche, esquerda, canhota, estranha, uma estrangeira em seu próprio mundo.
Ser duas pessoas, quando o corpo só dá espaço para um ser só, onde ele coloque sua intensidade além da humana. O corpo e a realidade exigem que cada homem que passa por esta Terra seja uno, não bipolar.
Não é fácil lidar com este mundo tendo duas formase agir, duas óticas - quando isso, a priori, poderia até ser bom e fácil. Tem que se aprender a ganhar foco, se direcionar, evitar generalizar as coisas, saber que todo e qualquer conflito interno inevitavelmente há de eclodir (ah, como eu queria estar sendo só um ser fatalista, como eu queria!), e deles sairão muito mais pontos de interrogação do que exclamações ou pontos finais.
Aliás, eu sou um permanente ponto de interrogação. O que sou, porque sou e pra onde vou. Se em mim as perguntas são constante, imagina pra quem me olha de longe ou que pensa que me conhece de todo...

Mas, ainda assim, dá pra se ter uma leve idéia de quem habita esse corpo comum...

Alguém que se contrapõe, que ama o antagonismo, o conflito e a contradição - que fique bem claro, dentro de si mesma. Um ser que ama quando o vento bate nos seus cabelos, embaraçando tudo o que anteriormente passara horas pra arrumar ao seu gosto. Que é uma romântica exacerbada, e também uma cruel realista, capaz de amar brutalmente, mas de ferir da mesma forma a quem muito ama. Uma mártir quando se entrega, e uma boêmia em busca de novas sensações, pelo efêmero. Que escreve muito, e que ás vezes deixa que o silêncio tape os buracos que costumam aparecer em seu caminho.

Uma pessoa que quer ser magra, mas não resiste á gula.
Que é capaz de ímpetos libidinosos, mas é extremamente ciumenta com eles, não deixando quase ninguém a possuir totalmente.
Capaz da meiguice de uma criança, e da ira de um adulto.
Que chora sozinha de culpa, mas não se arrepende publicamente de nada que faz.
Que pede pra morrer, mas não consegue se desvencilhar da vontade de viver.

Sou as virtudes e os pecados capitais.
O yin e o yang.
O bem e o mal.
O doce e o salgado.
O sol e a lua.
O anjo e o demônio...


...Sou tudo isso junto e misturado.

=)

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